domingo, 26 de outubro de 2014

Jornalismo profissional serviu de munição para ataques de candidatos

Durante o horário eleitoral gratuito na TV, ao longo de todo o segundo turno, tanto a campanha de Dilma Rousseff como a de Aécio Neves priorizaram a reprodução de cobertura jornalística profissional, para a defesa de seus pontos de vista ou para ataques ao adversário.
A Folha foi a publicação mais citada, 35 vezes, sobretudo em razão da campanha petista, que reproduziu 31 reportagens no período. 
Em segundo lugar ficou a revista "Veja", com um total de 11 menções, concentradas também nos programas de Dilma e, mais precisamente, no último dia -quando foram reproduzidas oito capas antipetistas publicadas às vésperas de votações, com manchetes como "O PT deixou o Brasil mais burro?".
"O Estado de S. Paulo" veio em seguida, com dez menções no total -sendo seis na propaganda tucana, com Folha e "O Globo" logo depois, com quatro cada um.
CRÍTICA
Foi por meio de reportagens da Folha que o marqueteiro João Santana, do PT, sustentou as críticas aos governos de Fernando Henrique Cardoso, no esforço de desmontar indiretamente a candidatura de Aécio, que desde o princípio da campanha vinha defendendo o ex-presidente tucano.
Foram títulos concentrados em escândalos e em noticiário econômico da época, como "Para FHC, compra de votos pró-reeleição é tema menor" ou "[Armínio] Fraga assume e eleva juros para 45%". Depois, mais diretamente contra o adversário, "Aécio maquiou gastos da saúde em Minas".
Da mesma maneira, quando iniciou seu contra-ataque, o tucano questionou a adversária com uso de reportagens como "Política econômica de Dilma está quebrando o etanol", entrevista veiculada na Folha, ou "Dilma, a presidente-candidata, só entregou 12% do PAC 2", da revista "Veja".
DEFESA
A cobertura foi usada também pelas duas campanhas para reforçar qualidades dos respectivos candidatos. No caso do tucano, por exemplo, sua atuação como presidente da Câmara foi destacada com a reprodução do enunciado "Aécio inicia ofensiva pelo pacote ético", publicado pelo "Estado".
Em grau menor, a propaganda petista recorreu a sites mais identificados com o partido, como "Rede Brasil Atual". De sua parte, também em grau menor, a campanha tucana recorreu a diferentes publicações mineiras, como o "Estado de Minas".
O levantamento tomou por base os textos citados com identificação explícita da origem ou que podiam ser identificados, contando cada reportagem uma única vez por candidato -ainda que fossem muito repetidas depois. O período acompanhado foi de 9 a 24 de outubro. 


FOLHA - UOL

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