segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aécio planeja inflar PSDB e PSB para montar base parlamentar

 O xadrez de Aécio
 
Aécio Neves começou a contar as peças para montar sua base parlamentar caso se eleja presidente no domingo. Ele partirá de quase 200 dos 513 deputados, somando as novas bancadas de sua coligação e dos partidos que apoiaram Marina Silva no primeiro turno. O tucano quer fortalecer dois núcleos, em torno de PSDB e PSB, para reduzir a dependência das siglas que hoje apoiam Dilma Rousseff. No sábado, em Porto Alegre, ele falou em governar com o “lado bom” do PMDB.
Juntos somos fortes O grupo aecista trabalha com a ideia de formação de blocos e fusões partidárias em torno de PSDB e PSB. Nos dois casos, seria possível montar núcleos maiores que o PMDB, que terá 66 deputados.
Na onda Os presidentes do PPS e do Solidariedade, Roberto Freire e Paulinho da Força, se reuniram na quarta-feira para abrir discussões sobre uma fusão em 2015.
Os ruins, não A referência ao “lado bom” do PMDB teria ao menos um alvo: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). Ele é favorito para ficar no cargo se Dilma Rousseff (PT) for reeleita.
Governo FC Uma eventual vitória tucana deve atrair de imediato dois partidos da base de Dilma: o PSD, de Gilberto Kassab, e o PP, que controla o Ministério das Cidades. Somarão 73 deputados.
Nova direção No PP, um triunfo de Aécio poderá devolver o comando da sigla ao senador Francisco Dornelles (RJ), primo do presidenciável.
No púlpito José Serra (PSDB-SP) foi ontem a um culto da Assembleia de Deus em São Paulo para manifestar apoio a Aécio. “Posso assegurar que nosso candidato tem compromisso com a ética. Quando uma empresa estatal é usada para beneficiar um partido, está virando as costas para o povo”, disse.
Na pasta Com elogios a Serra, o pastor Samuel Ferreira disse esperar que o tucano volte ao Ministério da Saúde, que chefiou no governo FHC.
Poste aceso De um auxiliar de Dilma, tentando explicar por que Lula teve menos força neste ano: “Em 2010, ele era uma entidade. Ela, só a candidata. Agora, Dilma também é uma entidade”.
Paz Do governador Jaques Wagner (PT-BA), sobre o tom light do debate de ontem na Record: “Aquilo não foi bom para ninguém”.
Bom para ela A campanha de Dilma gostou do clima ameno. “O empate é bom para nós”, disse um ministro.
Disco arranhado Do vice de Aécio, Aloysio Nunes, sobre a quantidade de vezes que Dilma se disse “estarrecida”: “Parece que aprendeu a palavra ontem”.
Não cortou Na plateia, petistas se animaram quando Aécio citou números do FMI. Era uma chance de lembrar as crises do governo FHC, mas Dilma não aproveitou.
Vai que cola O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que apoia Aécio, espalhou no Whatsapp o boato de que Dilma teria sido orientada a chorar no terceiro bloco. “Repassem para o maior numero de pessoas”, dizia o texto.
Clima de montanha Veterano em debates, o governador Geraldo Alckmin diz que a disposição do estúdio colaborou para o debate frio: “Eles estão de lado um pro outro, não de frente. Assim você fala mais para a câmera, não tem jeito”.
No aperto O governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), disse que tentou ir ao banheiro em dois postos de gasolina da zona leste de SP, “fechados por falta de água”.


TIROTEIO
“Como político homem, Aécio Neves tem a responsabilidade de não baixar o nível diante de uma mulher presidente.”
DO SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT-SP), sobre a postura agressiva adotada pelos presidenciáveis do PSDB e do PT nos debates do segundo turno.

CONTRAPONTO
Questão de gênero
Durante a campanha para o governo de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB) visitava um hospital acompanhado de alguns médicos quando reparou que havia muito mais mulheres do que homens aguardando na fila do atendimento.
Intrigado, o candidato peemedebista comentou com o profissional a seu lado:
—É impressionante como há mais mulheres aqui. Elas são mais atentas à questão da saúde do que os homens.
Sem graça, um médico respondeu:
—Não… É porque estamos no andar da ginecologia…





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