terça-feira, 4 de agosto de 2015

José Dirceu rechaça possibilidade de se tornar delator na Lava Jato

mônica bergamoO ex-ministro José Dirceu rechaçava, antes de ser preso, qualquer possibilidade de se tornar delator na Operação Lava Jato.
 
PERNAS PARA O AR
"Delação não tem pé nem cabeça. Primeiro porque não tenho o que delatar. Segundo porque não tem nada a ver com minha vida e trajetória", afirmou ele em mensagem enviada à coluna, diante da interpretação de que poderia, se preso, colaborar com a Justiça.
 

MALAS PRONTAS
E Dirceu planejava sair do Brasil antes de ser apanhado na Lava Jato. Depois de cumprir a pena do mensalão, e calculando que seria beneficiado, em 2016, pelo indulto presidencial concedido todos os anos a presos que cumprem determinados requisitos, ele programava trabalhar em outro país.
 
PÁTRIA AMIGA
O destino preferencial de Dirceu era Portugal.
 
PORTA FECHADA
O ex-ministro dizia que sairia do Brasil porque sua vida profissional tinha se tornado "inviável" no país.
 
PAIS E FILHOS
Filhos e amigos do petista planejavam se reunir em Brasília, no domingo, para festejar com Dirceu o Dia dos Pais. Ele tinha pedido autorização à Justiça para viajar a São Paulo, o que foi negado.
 
NA ESTRADA
Entre dirigentes do PT, a intenção de manter distância de Dirceu já era evidente. Desde que se descobriu que a empresa do ex-ministro faturou R$ 39 milhões em oito anos, "não se ouviram mais nos encontros do partido os gritos de 'Dirceu, guerreiro do povo brasileiro'", disse à Folha um dirigente do partido dias antes da prisão.
 
MAIS UM
Além de Renato Duque, também o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB pela Operação Lava Jato, estaria avançando num acordo de delação premiada. As informações circulam no complexo penitenciário em que os investigados estão presos, em Curitiba, no Paraná.
 
AJUSTE À ESQUERDA
Os movimentos sociais que vão fazer, no dia 20, atos em dez capitais do país em resposta aos protestos do dia 16, lançam hoje manifesto com duras críticas ao governo Dilma Rousseff. "Contra a direita", eles se dizem também contra "o ajuste fiscal". O documento é assinado por MTST, CUT, MST, UNE e por dois partidos: PSOL e PC do B. O PT foi convidado, mas não endossou o texto.
 
DO OUTRO LADO
O documento afirma que "a política econômica do governo joga a conta nas costas do povo". Diz ainda que, "ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros", o governo deveria ajustar "as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro". 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

POLÍTICA E ECONOMIA