Na denúncia que enviará
ao STF (Supremo Tribunal Federal) nas próximas horas, a
Procuradoria-geral da República não pedirá o afastamento de Eduardo
Cunha da Presidência da Câmara.
A Folha apurou que os investigadores não descartam requisitar que
o peemedebista deixe a cadeira futuramente, mas não o farão no texto da
denúncia, que será assinada por Rodrigo Janot, procurador-geral da
República.
O pedido de afastamento vinha sendo especulado porque Janot já afirmou que Eduardo Cunha usou o cargo em benefício próprio.
Em parecer enviado ao Supremo, na semana passada, o PGR sustentou que
Cunha confundiu o público com o privado ao acionar a AGU
(Advocacia-geral da União) para tentar anular provas recolhidas dentro
da Câmara.
PERMANÊNCIA
Nesta quarta (19), após ser informado sobre a denúncia, Eduardo Cunha
descartou a possibilidade de abdicar da presidência da Câmara.
"Vou continuar exatamente no exercício para o qual fui eleito pela maioria da Casa", adiantou o peemedebista.
Deputados –principalmente do PSOL– anunciaram a intenção de entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara, pedindo a cassação do presidente, caso o STF acolha a denúncia contra ele.
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