quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Efraim: 'CPI vai revirar caixas-pretas dos fundos de pensão'


Oposição ficou com a presidência da comissão; PT tentou adiar instalação

- Atualizado em
Deputado Efraim Filho DEM/PB
Deputado Efraim Filho (DEM-PB): presidente da CPI dos Fundos de Pensão(Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
A CPI dos Fundos de Pensão começou a funcionar nesta quarta-feira na Câmara. Em seu primeiro discurso, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que presidirá o colegiado, disse que a comissão vai se aprofundar nas gestões fraudulentas dos fundos e que pretende "revirar as entranhas dessas caixas-pretas".

O PT ficou com a primeira vice-presidência, que será ocupada por Paulo Teixeira (SP). Na relatoria, foi confirmada a indicação de Sérgio Souza (PMDB-PR), ex-suplente da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). O segundo-vice presidente será Samuel Moreira (PSDB-SP).

Diante de uma plateia de participantes de fundos de pensão, como Postalis (dos Correios) e Funcef (Caixa), os membros da comissão falaram em "passar a limpo" os fundos e elogiaram a coragem do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), en autorizar o funcionamento da comissão.

"Será mais uma caixa-preta a ser aberta que vai escandalizar o país", afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). "Muita coisa nebulosa ocorreu no meio do caminho para ocorrer esse desequilíbrio dos principais fundos", disse Marcus Pestana (PSDB-MG).

Tentativa de manobra - Paulo Teixeira reclamou que a proporcionalidade na composição das novas CPIs não vem sendo respeitada e propôs que a eleição fosse adiada. Por decisão do comando da Casa, o PT - que tem a segunda maior bancada - ficou de fora dos postos-chave nas comissões investigativas recém-instaladas.

"Indago da possibilidade de não concretizarmos esta eleição para que possamos discutir esse tema de natureza regimental para se restabelecer a proporcionalidade na ocupação das cabeças das CPIs", apelou Teixeira.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que presidiu a reunião de instalação, indeferiu o pedido e argumentou que se tratava de uma questão de natureza política e não de proporcionalidade das bancadas. Teixeira avisou que entrará com recurso contra a decisão.

(Com Estadão Conteúdo)


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