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13/08/2015 08h49 - Atualizado às 09h09
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (13) um mandado de prisão e outros 10 de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba em mais uma etapa da Operação Lava Jato.
Batizada de Pixuleco 2, a 18ª fase mira um operador responsável por arrecadar ilicitamente R$ 50 milhões em contratos relacionados ao Ministério do Planejamento, identificado a partir da deflagração da fase anterior.
A participação dele, segundo a PF, foi confirmada com o recebimento de valores por meio de empresas de fachada e pagamentos realizados por ordem deste operador.
O alvo do mandado de prisão é um advogado e ex-vereador do PT em Americana (SP) Alexandre Romano. Ele já foi detido e deverá ser levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quartel-general da Lava Jato.
Um dos mandados de busca e apreensão atinge a empresa JD2 Consultoria, no Setor Hoteleiro, em Brasília.
PIXULECO
Na última fase da operação, chamada de Pixuleco –a forma como, segundo a PF, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto referia-se a propina– foi preso o ex-ministro José Dirceu. Para os investigadores, Dirceu é um dos responsáveis por criar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro da Casa Civil, no primeiro governo Lula, e teve papel de comando nesse esquema.
Na mesma operação foram detidos Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria, Roberto Marques, ex-assessor do petista, o lobista Fernando Moura, o irmão dele, Olavo de Moura, o empresário Pablo Kipersmit e o engenheiro da Petrobras Celso Araripe, que atuou como gerente de empreendimento da sede da estatal em Vitória, no Espírito Santo.
Os dois primeiros são investigados sob suspeita de terem feito transações com fornecedores da Petrobras em benefício do ex-ministro da Casa Civil.
Kipersmit, por sua vez, é apontado como responsável por um contrato de fachada para repasse de dinheiro ao PT e a seu ex-tesoureiro João Vaccari Neto, por meio do operador Milton Pascowitch (atualmente, delator da Lava Jato).
Todos negam irregularidades.
Marques e Olavo de Moura também já foram soltos.
(GABRIEL MASCARENHAS, NATUZA NERY, ESTELITA HASS CARAZZAI E PAULO MUZZOLON)
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