Rei posto O surgimento de novas denúncias
contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez líderes partidários deflagrarem nesta
sexta uma corrida pela sucessão ao comando da Câmara dos Deputados.
Integrantes do governo, da oposição e até mesmo do PMDB iniciaram
conversas reservadas em busca de um nome para ocupar o cargo. Apesar da
movimentação, Cunha foi taxativo quando questionado se pretendia deixar a
presidência: “Não renuncio. Não ganho nada com isso”, disse ele a
interlocutores.
Siga o mestre Colegas de partido apostam que Cunha
será levado a adotar a chamada “solução Renan”: abrir mão da Presidência
da Câmara para conseguir salvar seu mandato de deputado.
Alta fidelidade Mesmo perdendo apoio público,
deputados avaliam que Eduardo Cunha conservará uma base fiel e, por
isso, terá influência na escolha de seu sucessor. Um correligionário
lembra que o presidente da Câmara ajudou a financiar a campanha de
inúmeros aliados pedindo dinheiro a empresários.
Sem chance Em rápida consulta sobre possíveis
candidatos ao comando da Casa, um peemedebista notou que a relação de
cotados possui mais vetos que apoios. Estão no topo da lista de rejeição
os deputados Jarbas Vasconcelos (PE), Miro Teixeira (Rede-RJ) e Júlio
Delgado (PSB-MG).
Estrela cadente Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder
da bancada e hoje próximo ao Palácio do Planalto, não conta com o aval
da bancada que ele próprio comanda. E ainda teria Eduardo Cunha jogando
contra.
Preferencial No giro por Brasília, depois da
divulgação de que o lobista Fernando Baiano afirmou ter enviado dinheiro
a uma nora de Lula, o ex-presidente se disse alvo de “perseguição”.
Estava furioso com o envolvimento de seus familiares nos vazamentos da
Lava Jato.
A calhar A oposição celebra o fato de o petista ser
alvejado justamente no momento em que volta a se mexer para ajudar a
salvar Dilma do impeachment. O ex-presidente alegou algo semelhante em
conversas reservadas.
Comigo não Um petista ironiza a queixa do ministro
Joaquim Levy (Fazenda) de ser fritado pelo partido: “Se pedem a demissão
dos nossos, imagine a dos outros”.
Na mesa Prefeitos levarão para Dilma Rousseff na
quinta-feira documento propondo a CPMF com alíquota de 0,38%,
compartilhada em 0,17% para a União, 0,09% para os Estados e 0,12% para
os municípios –aplicados exclusivamente na Saúde.
Não deu Mas nem mesmo o Palácio do Planalto acredita mais nas chances de o imposto ser aprovado pelo Congresso ainda este ano.
Assim não Apesar de sinalizar que a desvinculação de
receitas da União pode começar a andar na CCJ da Câmara, Eduardo Cunha
disse a aliados que o projeto do governo, que prorroga a medida até 2023
e amplia a fatia de 20% para 30%, não passará.
Assim sim Na quinta-feira, o peemedebista anexou ao
projeto inicial uma proposta de Benito Gama (PTB-BA) que prorroga a
medida até o fim de 2016, apenas.
Agenda secreta Um dos pontos que mais irritaram o
governo Alckmin no caso dos sigilos foi o de a Polícia Militar decretar
segredo de cinco anos para a agenda do comandante-geral da corporação.
“Caso evidente de bobagem”, diz um interlocutor do governador paulista.
Regra A ordem do Palácio dos Bandeirantes é manter em segredo apenas informações que coloquem a população em risco.
Exceção A determinação, porém, não exclui a
possibilidade de casos concretos serem analisados, posteriormente, pela
comissão comandada pelo secretário de Governo, Saulo de Castro.
Dupla dinâmica Em mais um esforço de aproximação com
o MST, Geraldo Alckmin participará de ato político, na sexta (23), ao
lado de João Pedro Stédile. O governo cedeu o Parque da Água Branca para
a 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária.
TIROTEIO
Ao se dizer tranquilo, Cunha lembra o sujeito que despenca do 10º andar e, na altura do 7º, diz: “Até aqui está tudo bem”.
DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre a reação de Eduardo Cunha
ao pedido de cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara.
CONTRAPONTO
Verão em Pinda
Na assinatura do convênio que liberou R$ 15 milhões para fomentar o
turismo nos municípios do interior do Estado, nesta quarta-feira, no
Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin falava como o
setor pode sobreviver à crise econômica. Foi quando soltou:
–Turismo é fonte de emprego e renda. Com o dólar caro, ninguém mais vai para Miami. Todo mundo agora quer ir para Santos, Itanháem, Sorocaba e, claro, para a capital Pindamonhangaba…
–Turismo é fonte de emprego e renda. Com o dólar caro, ninguém mais vai para Miami. Todo mundo agora quer ir para Santos, Itanháem, Sorocaba e, claro, para a capital Pindamonhangaba…
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POLÍTICA E ECONOMIA