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Luis Cláudio, filho do ex-presidente Lula |
Filho do ex-presidente Lula, o empresário Luis Cláudio Lula da Silva
apresentou nesta quarta (28) um mandado de segurança junto ao Tribunal
Regional Federal pedindo a nulidade da ordem de busca e a restituição imediata de documentos e computadores apreendidos em sua empresa.
Na última segunda, a Polícia Federal vasculhou nos escritórios da
Touchdown Promoção de Eventos Esportivos e LFT Marketing Esportivo, que
pertencem ao filho do ex-presidente, durante a deflagração da quarta
fase da Operação Zelotes.
Uma das empresas de Luis Cláudio recebeu R$ 2,4 milhões da firma de
consultoria Marcondes & Mautoni (M&M), suspeita de intermediar o
pagamento de propina em troca da aprovação de uma medida provisória que
estendeu o prazo de isenção do ISS para montadoras de automóveis.
No mandado de segurança, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende
o filho de Lula, afirma que o Ministério Público Federal não apresentou
qualquer fato que aponte o envolvimento da Touchdown ou da LFT. A ordem
de busca foi dada pela juíza federal Célia Regina Bernardes.
Segundo o advogado, não há qualquer citação a Luis Cláudio e às duas
empresas no relatório de 164 páginas produzido pela Polícia Federal e
que embasou a deflagração da nova fase da Zelotes.
"Ao contrário de outros investigados, cujas citações estão acompanhadas
de descrições de supostas condutas ilícitas especificadas no tempo e no
espaço, no caso do nosso cliente os pedidos formulados pelo MPF estão
lastreados apenas na opinião pessoal dos procuradores da República",
afirma.
No pedido de busca e apreensão, os procuradores José Alfredo de Paula e
Raquel Branquinho Nascimento consideraram suspeitos os valores recebidos
pela LFT.
Em ocasiões anteriores, o advogado de Luis Cláudio afirmou à Folha
que os pagamentos feitos pela M&M à LFT se deveram a um contrato
para a prestação de serviços em marketing esportivo, mas não especificou
quais.
"A LFT e a Touchdown exercem atividades lícitas especificadas pelos
respectivos contratos sociais. Todos os valores recebidos, decorrentes
de contratos, foram contabilizados e os impostos recolhidos".
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POLÍTICA E ECONOMIA