Abalo sísmico Pegou muito mal no Instituto Lula
o bate-boca de Dilma Rousseff com o chefe da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Para interlocutores do petista, a frase “meu governo não está
envolvido em escândalo de corrupção”, proferida pela presidente da
República em resposta ao peemedebista, soou como indireta à gestão de
seu antecessor. As irritações de Lula com sua sucessora há muito
deixaram de ser segredo. Mas o episódio tende a ampliar a fissura na
relação entre criador e criatura.
Temperatura Um petista de São Paulo assim resumiu o
humor no partido sobre a declaração de Dilma: “O cara no meio de uma
saraivada, e ela parece jogar o tema da corrupção no colo dele”.
Melhores amigos Já a tropa de choque do peemedebista relata que ele adorou a troca de farpas com Dilma.
Ctrl + C Não foi bem vista entre congressistas a
declaração de Miguel Reale Júnior de que o pedido de impeachment
apresentado nesta quarta é um “recorta e cola” dos pedidos anteriores.
Ctrl + V A avaliação é que ministros do Supremo
podem ver a fala como a admissão de uma tentativa de driblar as decisões
de Teori Zavascki e Rosa Weber, que suspenderam o rito definido por
Cunha para as representações.
Vai ou racha O presidente da CPI dos Fundos de
Pensão, Efraim Filho (DEM-PB), incluiu na pauta desta quinta o pedido de
convocação de José Carlos Bumlai, acusado de agir em nome de Lula.
Professoral O ministro Ricardo Berzoini precisou dar
uma bronca na reunião com líderes nesta terça-feira: Hugo Leal
(Pros-RJ) e Fernando Monteiro (PP-PE) se divertiam assistindo a um vídeo
enviado pelo WhatsApp.
Alto e avante Procuradores federais começam a se
mexer para levar do STJ para o STF a Operação Acrônimo, que investiga o
governador Fernando Pimentel (PT-MG). O envolvimento de um deputado,
mesmo de forma lateral, deve ser a justificativa.
Foco Reunidos na noite desta quarta, líderes do PSDB
e do DEM avaliaram que setores da oposição entraram na mira de parte da
Lava Jato. Atribuem esse suposto foco a José Eduardo Cardozo.
Nem vem O TCU arquivou denúncia de Fernando Collor
(PTB-AL) apontando irregularidades em contratação de uma empresa de
comunicação pela Procuradoria-Geral da República.
Que não tem Denunciado na Lava Jato, ele contestava a inexigibilidade de licitação. Para o tribunal não houve prejuízo nem ilegalidade.
Dinheiro na mão… Sem poder conceder aumentos
robustos às carreiras de Estado, o governo tenta dar uma gratificação
aos policiais federais, servidores da Receita e advogados da União.
… é vendaval O benefício pode ser autorizado por
meio de pagamento de um bônus por desempenho, o que não contemplaria os
funcionários aposentados.
Vigiando o bolso Em tempos de Lava Jato, críticos
alertam que essa é uma forma de a chefia, que teria o poder de liberar a
gratificação, controlar mais a sua tropa.
Visitas à Folha Marco Antonio Bologna, presidente do Banco Fator, visitou ontem a Folha,
a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de
Selma Pantel, diretora de marketing e assuntos corporativos.
Antonio Jacinto Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social, visitou ontem a Folha.
Estava acompanhando de Angela Dannemann, superintendente da Fundação
Itaú Social, Paulo Marinho, superintendente de comunicação corporativa
do Itaú Unibanco, e Rodrigo Padron, da assessoria de comunicação da
Fundação Itaú Social.
TIROTEIO
Aécio critica o governo, mas com Pronatec, Fies e Ciência Sem Fronteiras fizemos mais pela Educação do que em oito anos de FHC.
DO MINISTRO ALOIZIO MERCADANTE (Educação), sobre o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) ter dito que o governo fez grandes cortes na Educação e
na Saúde.
CONTRAPONTO
De volta para o futuro
Em 29 de setembro de 1992, quando o pedido de impeachment do então
presidente Fernando Collor de Mello foi lido no Plenário da Câmara,
deputados da oposição passaram a pressionar o presidente da Casa, Ibsen
Pinheiro, a acelerar a análise do processo.
Em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo, José Genoino, líder do PT na Casa, disse:
–As oposições querem encurtar o prazo, para o bem do país, da economia e para evitar esse esgarçamento.
–Todos querem uma solução tão breve quanto possível para a matéria. É o que vou tentar, espero que com o apoio de toda a Casa –afirmou o presidente da Câmara.
Em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo, José Genoino, líder do PT na Casa, disse:
–As oposições querem encurtar o prazo, para o bem do país, da economia e para evitar esse esgarçamento.
–Todos querem uma solução tão breve quanto possível para a matéria. É o que vou tentar, espero que com o apoio de toda a Casa –afirmou o presidente da Câmara.
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