Bruno Santos/Folhapress | |
O ex-presidente Lula durante sua visita à 1° Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo |
Em reunião com a direção nacional do MST (Movimento dos Sem Terra) neste
sábado (24), Lula disse que está muito "irritado" com a citação de seus
familiares na Operação Lava Jato.
"Ele falou que está muito irritado porque são inverdades. Citam nomes de
familiares dele sem provas. Além de defender o PT, tem que defender a
família", disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST.
O ex-presidente Lula chegou direto de uma viagem à Bahia para a 1° Feira Nacional da Reforma Agrária no Parque da Água Branca, na capital paulista.
Questionado sobre as denúncias feitas no âmbito da Operação Lava Jato
envolvendo o empresário e seu amigo pessoal José Carlos Bumlai, Lula
desconversou.
"Hoje é sábado, eu sou muçulmano e sábado eu não falo de política",
disse o ex-presidente, confundindo-se com os judeus, que não trabalham
no shabat, que vai do pôr do sol de sexta ao anoitecer de sábado.
Fernando Soares, o Baiano, disse em seu acordo de delação premiada homologado há três semanas que Lula se reuniu com Bumlai e o presidente da Sete Brasil por contratos de navios-sonda.
Ele também afirmou que, após as reuniões, pagou R$ 2 milhões a Bumlai.
Segundo Baiano, o empresário disse, na época, que o dinheiro seria para
quitar a dívida de um apartamento de uma nora do ex-presidente.
Tanto o petista quanto o pecuarista negam peremptoriamente as acusações.
Como a Folha publicou nesta sexta, Bumlai afirma que os recursos que recebeu do lobista foram um empréstimo para pagar empregados de suas fazendas.
REUNIÃO COM MST
A direção do MST aproveitou a conversa com Lula para mandar recados para a presidente Dilma Rousseff.
Eles pediram mais incentivo para a área de agroecologia, mais atenção ao
programa Terra Forte e também para os programas que obrigam as
prefeituras a comprar alimentos da agricultura familiar.
O grupo entregará a Lula uma pauta que será apresentada à Dilma na próxima semana.
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