Em rara aparição pública, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal) Joaquim Barbosa foi à estreia da peça "O Topo da Montanha",
estrelada por Lázaro Ramos e Taís Araújo, na sexta-feira (9), em SP. O
espetáculo se baseia no último dia de vida de Martin Luther King, líder
do movimento pelos direitos civis dos negros nos EUA.
Barbosa tem evitado declarações públicas –sobre o impeachment, por
exemplo, ele se limitou a lembrar o que diz em palestras restritas: "É
uma bomba atômica, um abalo sísmico que pode implodir o sistema político
de vez. Por isso, é preciso ter implicação direta forte de um
presidente em fatos que legalmente justifiquem um afastamento". Depois
do espetáculo, ele conversou com a coluna.
Folha - O ministro do TCU Augusto Nardes, que relatou as contas do
governo no Tribunal de Contas da União, tem se comparado ao senhor,
dizendo que agora entende porque o senhor havia se aposentado.
Joaquim Barbosa - Eu vi. Mas ele está enganado. Eu não saí por
causa disso [pressão]. Claro que existe, por todos os lados, mas minha
saída do STF foi planejada por mais de um ano. Eu nunca pensei em ficar
lá o resto da minha vida. Eu já tinha feito muita coisa, já estava bom.
O senhor acompanhou a disputa entre o governo e o TCU, que tentou afastar Nardes do julgamento das contas?
Sim, por cima. Fica muito feito pro governo essa situação toda, né? [Mudando de assunto] Você viu a peça? Gostou?
Gostei. E o senhor?
Achei muito bonita. Os dois [Lázaro Ramos e Taís Araújo] estão primorosos, né? Uma atuação magnífica.
O tradutor da peça, o diplomata Silvio Albuquerque, trabalhou com o senhor no Supremo?
Sim, o Silvio era o meu chefe de gabinete. Eu não sei da história
direito, mas parece que ele conheceu o Lázaro Ramos no dia em que eu o
recebi [o ator] para uma audiência. Foi uma loucura no gabinete, o
pessoal ficou todo ouriçado, queria tirar foto com o Lázaro.
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