- Montagem/UOL
A três anos das próximas eleições presidenciais, pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (26) aponta um nível alto de rejeição entre os políticos mais cotados como possíveis candidatos em 2018.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece numericamente na frente, com 55% de rejeição (não votaria "de jeito nenhum") entre os prováveis candidatos ao Planalto. Estão empatados tecnicamente com ele --a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais-- José Serra (PSDB), com 54%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 52%, e Ciro Gomes (PDT), com 52%.
Além dos quatro, o Ibope mediu a rejeição a uma eventual candidatura de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (Rede). Marina é rejeitada por 50% dos entrevistados, e Aécio, por 47%.
Lula fica à frente quando os entrevistados são perguntados em quem votariam "com certeza": 23% apontaram o ex-presidente, ante 15% de Aécio e 11% de Marina. Serra tem 8%, Alckmin tem 7%, Ciro, 4%.
A pesquisa mostra ainda um crescimento na rejeição de Lula, Aécio e Marina, nomes para os quais há dados comparativos de pesquisas feitas no ano passado. Em maio de 2014, apenas 33% não votariam em Lula "de jeito nenhum". Aécio era apontado com 37% de rejeição e Marina, com 36%, em pesquisa de abril.
A preferência por Lula também diminuiu no último ano. Em maio de 2014, 33% votariam no ex-presidente, dez pontos a mais que na pesquisa divulgada nesta segunda. Os índices de Aécio (13%) e Marina (9%) apareciam dois pontos abaixo do atual, portanto dentro da margem de erro.
A pesquisa, realizada entre 17 e 21 de outubro, mede o potencial de voto nos possíveis candidatos por meio da resposta a qual frase descreve melhor a opinião do eleitor: se com certeza votaria no nome apresentado para a Presidência da República, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum ou se não o conhece o suficiente para opinar. Também é possível deixar sem resposta a questão.
É possível responder que votaria com certeza –ou que não votaria de jeito nenhum— em mais de um nome. Por isso os totais não somam 100% como numa pesquisa de intenção de voto tradicional.
A sondagem do Ibope mostra um empate técnico entre Aécio (42%), Lula (41%) e Marina (39%) no potencial de voto --a soma de eleitores que afirmara votar neles com certeza ou disseram que poderiam votar.
Serra e Alckmin apresentaram potencial de voto no mesmo nível, com 32% e 30%, respectivamente. Ciro aparece com 20%.
A pesquisa aponta Ciro (24%) e Alckmin (16%) como os mais desconhecidos dos eleitores, seguidos por Serra (11%), Marina (10%) e Aécio (9%). Só 2% dos entrevistados disseram não conhecer Lula.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas maiores de 16 anos, ou seja, com idade para votar nas eleições, em 140 municípios brasileiros.
Região e renda
A maior preferência por Lula está na região Nordeste, onde 38% dos entrevistados afirmaram votar "com certeza" no ex-presidente. A maior rejeição está na região Sul, onde 68% não votariam nele "de jeito nenhum".
O petista tem desempenho melhor na faixa de renda familiar de até um salário mínimo, com 36% que votariam nele "com certeza".
Aécio Neves tem mais eleitores nas regiões Norte e Centro Oeste (agrupadas pela pesquisa), com 18% de certeza de voto, seguidas pela região Sudeste, com 16%. No Nordeste, visto como um reduto lulista, Aécio tem 14%. A maior rejeição do tucano está justamente no Nordeste, onde 51% não votariam nele "de jeito nenhum".
No corte por faixa de renda, a pesquisa aponta uma preferência equilibrada pelo tucano. Nas faixas de até dois salários mínimos por família, 14% dizem ter certeza do voto em Aécio. Nas faixas acima dessas, incluindo as famílias com renda maior que cinco salários mínimos, o tucano aparece com 15%.
Marina Silva tem índices mais altos de preferência dos entrevistados nas regiões Norte/Centro Oeste e Nordeste, com 14% e 12% de entrevistados que votariam "com certeza" nela. Nas regiões Sudeste e Sul, Marina tem 11% e 6%, respectivamente.
A faixa de renda familiar na qual Marina tem mais apoio é na de dois a cinco salários mínimos, com 13%. O estrato que menos dá certeza de voto na fundadora do partido Rede Sustentabilidade é a de até um salário mínimo, com 9%.
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