João Pedro Stedile, o chefão do MST, esteve naquela patuscada promovida por Lula em frente à sede da Petrobras no Rio. E demonstrou que é mesmo o que sempre afirmei que era: mero esbirro do PT. No seu discurso, afirmou: “Vamos estar todos os dias aqui em protesto [se Marina ganhar]”.
Cabe a
pergunta: por quê? Por razões óbvias, ele não conhece as medidas de
Marina na área do pré-sal pela simples razão de que ela ainda não venceu
a eleição, ora essa. Não tendo vencido, não tomou posse. Não tendo
tomado posse, ainda não governou.
Stedile,
em companhia de Lula, deixa claro, assim, que não reconhece as
instituições do regime democrático, coisa que, diga-se, eu também sempre
soube. Gente como ele — a exemplo de Guilherme Boulos, o líder do MTST —
só existe porque a democracia costuma ser tolerante com elementos que
buscam solapar seus fundamentos.
O chefão
do MST é o maior pelego do Brasil. Dilma, na comparação com Lula e FHC, é
a presidente que menos assentamentos fez. E nem acho que isso seja um
problema em si, já que os sem-terra, de fato, não existem. O que existe é
o MST, um aparelho que vive do dinheiro público. A grana que financia o
movimento, na prática, tem origem nos recursos destinados à agricultura
familiar.
A
declaração de João Pedro Stedile, para a surpresa de ninguém, tangencia o
terrorismo político. Observem que ele nem mesmo diz que promoverá
protestos ligados à sua área de atuação. Nada disso! Agora, o chefão do
MST pretende também dar ultimatos no setor energético.
O que Lula
e este senhor fizeram, nesta segunda, foi ameaçar o país. O Poderoso
Chefão do PT está tentando alimentar temores que muita gente já
expressou aqui e ali: se os petistas forem derrotados, o país se tornará
ingovernável porque eles botarão a tropa na rua. Se, agora, diante do
nada, brandindo um fantasma, uma invenção, uma fantasia, fazem esse
escarcéu, imagine-se o que não fariam se, num eventual novo governo,
tivessem seus interesses contrariados.
Lula está
ameaçando o Brasil com uma “Marcha Sobre Roma” se o seu partido for
apeado do poder, se o eleitor insistir em fazer o que ele não quer. O
ato desta segunda foi a manifestação explícita e arreganhada de quem não
tem a democracia como um valor universal. Para os petistas, uma eleição
presidencial é aquele processo que só admite um resultado: a vitória.
É coisa de fascistas. Lula está pensando que o Brasil de 2014 é a Itália de 1922 e que ele é o jovem Mussolini.
Fonte: Veja - Reinaldo Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA