quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ex-diretor delatou 11 senadores à Justiça Federal

  • 24 de setembro de 2014
    O influente ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a quem o ex-presidente Lula chama de “Paulinho”, entregou mais de 60 pessoas em seu acordo de delação premiada, mas por enquanto apresentou provas ou indícios concretos contra apenas 37, dos quais 11 são senadores. Os delatados integram os poderes Executivo e Legislativo, segundo fonte do Ministério Público Federal.

  • Os 11 senadores delatados pelo ex-diretor da Petrobras, todos ainda no exercício do mandato, representam 13,5% do Senado Federal.

  • Já vazaram os nomes dos senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Edison Lobão (ministro de Minas ) e Renan Calheiros, estes do PMDB.

  • A maioria dos delatados pelo ex-diretor tem foro privilegiado. Só podem ser investigados sob autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

  • O foro privilegiado pode tirar o Petrolão das mãos do juiz federal Sérgio Moro, a menos que os ministros do STF decidam mantê-lo no caso.

  • Dias depois de tentar impedir a circulação da revista IstoÉ, que o citou como envolvido no escândalo do Petrolão, o governador do Ceará, Cid Gomes, agora é acusado pela oposição de pressionar o jornal Diário do Nordeste a tirar do ar o blog do conceituado jornalista Roberto Moreira – que noticiou uma reunião na qual seu irmão Ciro Gomes teria ofendido o candidato a governador Camilo Santana (PT), que a dupla apoia.

  • Em vez de censurar notícias, o governador do Ceará deveria trabalhar para reverter fatos como o de um cearense ser morto a cada 2 horas.

  • Cid Gomes deixou o governo para fazer campanha eleitoral, enquanto 176 dos 184 municípios se encontram em estado de calamidade.

  • Vítima da truculência de Cid Gomes, IstoÉ comprovou com fotos suas relações com o ex-diretor da Petrobras, que ele disse nunca “ter visto”.

  • Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Antonio Augusto Figueiredo Basto, deverão abandonar a defesa de Alberto Youssef, após a decisão do megadoleiro – sob forte pressão da família – de fazer delação premiada para tentar reduzir a pena.

  • Youssef se habilitou à delação premiada há dez dias, após sua mulher e as filhas concluírem que dificilmente ele escaparia de pena elevada, e o convenceram a seguir o mesmo caminho do ex-diretor da Petrobras.

  • Sites de notícias confirmaram ontem, ao longo do dia, a decisão do doleiro Alberto Youssef de fazer delação premiada. Mas, como é habitual, que coisa feia, não contaram que leram o “furo” nesta coluna.

  • A contadora Meire Poza revelou à Justiça Federal do Paraná, no último dia 15, que após a prisão de Alberto Youssef empreiteiras se cotizaram para manter seu escritório e pagar seus advogados.

  • Presidente da República por dois dias, Ricardo Lewandowski foi de carro despachar no Planalto, do outro lado da Praça dos Três Poderes. Quando assumiu a presidência, o colega Marco Aurélio preferiu ir a pé.

  • Se não tivesse antecipado a aposentadoria, Joaquim Barbosa seria hoje o primeiro negro a assumir a presidência da República. Mas se ele estivesse no cargo, certamente Dilma não teria viajado ao exterior…

  • O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), não quer nem ouvir falar no ex-presidente Lula, que gravou vídeo de apoio à candidatura do seu adversário Robinson Faria (PSD) ao governo potiguar.

  • Líder do PSD, Moreira Mendes (RO) considera a presidenciável Marina Silva (PSB) “menos ruim” ao agronegócio do que Dilma. “Ela pelo menos teria de negociar com Congresso, o que Dilma pouco fez”.

  • Se seu candidato perder a disputa pelo governo do Ceará, como indicam as pesquisas, o “coronel” Cid Gomes tentará censurar a proclamação dos resultados?

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