quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PSB de Marina Silva entra em guerra interna pelo comando partidário




PSB em chamas A dez dias das eleições, o PSB de Marina Silva entrou em guerra interna pelo comando partidário. Vice da chapa ao Planalto, Beto Albuquerque lidera motim contra o presidente Roberto Amaral, que tenta se manter no cargo. O deputado gaúcho avisa que apoiará uma candidatura de oposição se o dirigente não desistir da votação marcada para a próxima segunda (29). “Lamento, mas haverá disputa”, avisa. O vice defende um novo presidente de Pernambuco, terra de Eduardo Campos.
Troca-troca O apoio dos pernambucanos foi fundamental para que Albuquerque fosse escolhido vice de Marina. Na negociação, conterrâneos de Eduardo Campos manifestaram o desejo de assumir o comando do PSB. 

Corre-corre O presidente da sigla em Pernambuco, Sileno Guedes, viaja hoje a São Paulo para pedir que Amaral adie a votação. O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, é o líder mais forte no Estado, mas enfrenta resistências. 

A voz da viúva A família Campos já foi procurada para reforçar a pressão sobre o PSB nacional. A viúva do ex-governador, Renata, tem recebido informes sobre as movimentações de Amaral. 

Nem pensar O presidente do PSB, que já havia assumido o cargo após a morte de Miguel Arraes, não está disposto a negociar. “O calendário foi definido por Eduardo. A maioria dos 117 delegados já confirmou presença”, afirma. 

Tropa de choque Ex-ministro de Lula, Amaral tem aliados na cúpula da sigla, como o tesoureiro Márcio França e o primeiro-secretário Carlos Siqueira. Por outro lado, Pernambuco é o Estado com mais votos na eleição: 25. 

Vassourinha De olho no segundo turno, o PT vai aumentar as juras de combate à corrupção para tentar reduzir a rejeição a Dilma Rousseff, hoje em 33%. Ela prometerá fortalecer a Polícia Federal e trabalhar em parceria com Justiça e Ministério Público. 

Faxina 2.0 A presidente falará hoje no rádio em combate “duríssimo” aos desvios, “atinja a quem atingir, doa a quem doer”. “A corrupção é uma hidra, uma serpente de sete cabeças. Temos que cortá-las uma a uma”, diz ela, em
nova peça de propaganda. 

Suspiro O comitê de Aécio Neves (PSDB) concluiu que Marina sofreu desgaste com as acusações de falta de preparo e ligação com bancos. O discurso será reforçado em um último esforço para desidratar a adversária. 

Holofote A presidenciável Luciana Genro (PSOL) comemorou ter sido sorteada para abrir dois blocos do debate da TV Globo, às vésperas do primeiro turno. Pretende aproveitar a deixa para confrontar Dilma e Marina. 

Passa outro dia No último dia de interinidade na Presidência da República, Ricardo Lewandowski manteve o estilo discreto e rejeitou visitas de cortesia. Disse que não seria apropriado receber autoridades no Planalto. 

A caneta pesa O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu apoio informal de 28 prefeitos do PSD de Gilberto Kassab. O ex-prefeito apoia seu rival Paulo Skaf (PMDB). 

A máquina atua Funcionários da Cemig, a distribuidora de energia de Minas, receberam e-mails com foto de Aécio e pedido de voto em Pimenta da Veiga, candidato do PSDB no Estado.

Homem-bomba Dias antes de decidir pela delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, envolvido no escândalo da Petrobras, disse a um advogado que o visitou na PF que não estava conseguindo aguentar a pressão. “Vou explodir”, repetia.


TIROTEIO
“Depois da eleição, a Globo terá que fazer uma nova novela em Minas, baseada em fatos reais. Vai se chamar ‘O Fim do Império’.” 

DO DEPUTADO ODAIR CUNHA (PT-MG), sobre a desvantagem do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e do aliado Pimenta da Veiga (PSDB) nas pesquisas em MG. 

CONTRAPONTO
A ordem dos fatores
Orgulhoso, o senador José Sarney (PMDB-AP) levou o vice-presidente Michel Temer em passeio de carro pela orla de São Luís para mostrar “avanços” do Maranhão. 

—Falam mal daqui, mas olha lá: mais de 50 navios para desembarcar no porto de Itaqui. Quando a ferrovia Norte-Sul estiver funcionando, vai ficar uma maravilha!
O deputado Chiquinho Escórcio (PMDB-MA), fiel escudeiro do clã, se empolgou e fez piada com a demora da obra federal, que começou ainda no governo Sarney:
—Isso foi preconceito conosco. Se o nome começasse por ‘Sul’, a ferrovia já estaria pronta... 










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