quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Cavallari/Ibope: quadro está definido no 1º turno

O quadro eleitoral, que mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) na liderança no primeiro turno com 38% das intenções, seguida por Marina Silva (PSB), com 29%, está bem definido, embora continue em movimento. A avaliação é da diretora-executiva do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, em entrevista exclusiva ao Broadcast ao Vivo. Ela acredita que Marina pode manter o recente movimento de queda lenta e consistente, diminuindo a distância em relação a Aécio Neves (PSDB), que havia subido de 15% para 19% e manteve o mesmo patamar na última pesquisa, mas isso não deve ameaçar a ida da ex-ministra ao segundo turno. Já Dilma tem oscilado na faixa atual, entre 35% a 38% das intenções de voto.

Márcia ressaltou, porém, que qualquer novo episódio na campanha presidencial pode ter um efeito rápido nas intenções de voto e lembrou que o eleitor costuma consolidar sua escolha na última semana antes do comparecimento às urnas. A diretora do Ibope vê um segundo turno bastante apertado entre Dilma e Marina e diz que o cenário está totalmente aberto para a vitória de qualquer uma das duas. Segundo ela, o desejo de mudança do eleitor visto atualmente só foi maior na eleição de 2002, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o candidato da situação, José Serra (PSDB).

Em relação às pesquisas clone, contratadas na tentativa de antecipar os resultados dos levantamentos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, Márcia disse que não sabe como essas sondagens são realizadas, qual a metodologia usada e a quem elas convêm. "Não sei o quanto as pesquisas clone têm o tipo de rigor que nós temos, mas estão se prestando bem ao papel de especulação do mercado".

A diretora falou sobre os cuidados para garantir a segurança dos resultados das pesquisas feitas pelo Ibope. Segundo ela, os números só são consolidados em um único local e geralmente 2 horas antes de sua divulgação. Sobre as disputas para os governos estaduais, Márcia explica que muitos governos estão desgastados, com avaliações inferiores ao observado no pleito de 2010. "É uma eleição de mais renovação".

Olhando para os possíveis resultados nos Estados e no Congresso, Marcia avalia que o PT, que vinha crescendo, pode diminuir em número de governadores e deputados eleitos. O PSB também era uma legenda em ascensão e tem probabilidade alta de ganhar representatividade. O PMDB sempre foi um partido forte para compor a Câmara e tem muitas coligações regionais que devem garantir um espaço significativo na política. O PSDB, que não vinha de uma tendência de crescimento, dependerá do desempenho dos governadores para fazer com que mais deputados sejam eleitos.

Álvaro Campos e Letícia Sorg  








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