quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dilma deixa promessas de lado e usará seu tempo no rádio para atacar Marina

Artilharia pesada Dilma Rousseff (PT) vai deixar as promessas de lado e usar hoje todo o seu espaço no rádio para radicalizar os ataques à adversária Marina Silva (PSB). A petista levará ao ar seis novas peças de propaganda que acusam a ex-senadora de mudar de ideia em temas como transgênicos, pré-sal e revisão da Lei da Anistia. Um dos spots traz uma música em ritmo de marchinha de Carnaval: “A Marina vai com as outras, a Marina volta atrás. Ela joga pra torcida, depois vê como é que faz”. 


Recalcular a rota Outro spot petista imita a ex-senadora falando com voz de aparelho de GPS: “Vire à esquerda. Não, mudei de ideia, é direita. Isso, direita mesmo!”. O locutor emenda: “Se como candidata Marina está sempre mudando de direção, imagine como governante”. 


Na latinha O PT decidiu intensificar os ataques para tentar atrair eleitores da classe C. Dilma e Marina estão empatadas no segmento, que representa quase metade dos ouvintes de rádio no país. 


7 a 1 A presidente terá direito hoje a sete propagandas radiofônicas, em versões de 15 e 30 segundos. A ex-senadora terá um único spot de 30 segundos, sobre elogios que recebeu na mídia estrangeira. 


Deixa quieto O grupo de Marina promete manter distância da eleição da nova cúpula do PSB, segunda que vem. “Isso será decidido entre eles”, diz Walter Feldman, coordenador da campanha. 


Decora aí O marketing marineiro acrescentou o número 40 ao jingle que levou ontem à TV. Mais de dois terços dos eleitores da chapa ainda não sabem o que digitar na urna, mostrou o Datafolha.





Titanic, não! Aécio atravessou ontem a baía de Guanabara em um catamarã batizado de Neves V. Como se sentiu ao navegar numa embarcação com o sobrenome do avô? “Com tranquilidade, porque sei que Neves não afunda nunca!”, brincou. 


Remem! A cúpula da campanha tucana cobrou mais empenho de dirigentes regionais em favor do presidenciável. “Temos palanques expressivos, mas precisamos acelerar a associação dos candidatos proporcionais a Aécio”, reconhece o coordenador José Agripino.


Indignados O senador diz divergir do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que reclamou de “falta de indignação” do comitê aecista frente aos escândalos do governo Dilma. “FHC sempre está certo, mas da nossa parte não falta indignação”. 


Poltrona fria Presidente da República em exercício, Ricardo Lewandowski despachou menos de cinco minutos na mesa de Dilma. “Não deu nem tempo de esquentar a cadeira”, diz um auxiliar.


Do peito O primeiro ato de Lewandowski no Planalto foi assinar a aposentadoria do ministro Sidnei Beneti, do Superior Tribunal de Justiça. Eles são amigos e foram colegas como desembargadores.


Data venia Advogados de José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP), investigados no caso do cartel do metrô paulista, procuraram ministros do Supremo nos últimos dias para pedir o arquivamento do inquérito.


Última hora Luís Roberto Barroso, que pediu vista e interrompeu a votação de ontem, havia chegado na véspera de uma conferência em Yale. Por isso, não teve tempo de analisar o caso. Ele recebeu o advogado de Garcia ontem.


Ecumênico O MTST fará protesto amanhã contra a gestão da água no governo Geraldo Alckmin (PSDB) e a política habitacional do prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo. O movimento nega motivação eleitoral.


TIROTEIO
“Marina assumiu bandeiras do PSDB, e seu eleitor de 2010 estranha isso. Como cantava Dorival Caymmi: ‘Marina, você se pintou...’”


DO MINISTRO PAULO BERNARDO (Comunicações), sobre as propostas da candidata do PSB na área econômica, como a independência do Banco Central. 


CONTRAPONTO
Salada de clãs
Em evento da campanha de Aécio Neves na Bahia, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), fez graça com a reaproximação entre sua família e a do deputado Jutahy Júnior (PSDB), que por décadas foram rivais no Estado:

—Sabe que outro dia vieram me perguntar se você era meu primo? Quem diria, hein? 

—disse o neto de ACM.

Neto de Juracy Magalhães, o deputado contou que recentemente foi abordado por um eleitor:


—Eu amo o seu avô! Ele fez muito por mim! Jutahy se animou, até que o eleitor revelou a confusão:

—Devo tudo a ACM!


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