segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Aécio entra com ação de improbidade contra Dilma por envio de panfletos


Segundo jornal, Correios enviaram 4,8 milhões de panfletos sem chancela.
Dilma havia afirmado que denúncia era 'factoide de campanha'.


A coligação Muda Brasil, do candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), apresentou na última sexta-feira (19) junto à Procuradoria da República no Distrito Federal uma representação por improbidade administrativa contra a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
A representação é baseada em uma reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", segundo o qual os Correios abriram uma exceção para que a campanha de Dilma enviasse, sem chancela, 4,8 milhões de folders para cidades de São Paulo. A estatal, conforme a publicação, disse ter autorizado o envio em "caráter excepcional", devido a um erro gráfico que fez com que a estampa não fosse impressa.
A presidente Dilma Rousseff negou na última sexta-feira irregularidades na remessa de panfletos de propaganda e classificou o caso como "factoide de campanha".
A candidata afirmou que sua campanha pagou pelo serviço dos Correios, o que pode ser comprovado, segundo ela, por notas fiscais. Ela afirmou ainda que “se houve erro, a campanha vai pagar por ele”.
“É um equivoco monumental porque pagamos, temos nota fiscal, contratamos um serviço que os Correios prestam para qualquer entidade. Isso é um factoide de campanha”, afirmou na ocasião, “Se houve erro, a campanha vai pagar por ele. O que estou dizendo é que até agora, de tudo que pagamos, eu não vi um erro”.
A assessoria de imprensa da Procuradoria da República no Distrito Federal confirmou o recebimento da representação, mas informou que ainda não há procurador designado para analisar o caso.
Na representação, a coligação de Aécio Neves afirma que Dilma cometeu um “ato ilícito” ao usar o poder público “para agir contra os próprios regulamentos da estatal” a fim de beneficiar sua campanha, “o que fere os princípios da moralidade e impessoalidade”, informou assessoria do tucano.
A campanha de Aécio também pretende acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por abuso de poder político. O PSDB argumenta que ao abrir uma exceção para a presidente da República, os Correios privilegiaram a petista em detrimento dos adversários. A coligação afirmou que isso pode influenciar o resultado da eleição.
Os advogados ainda devem argumentar junto ao TSE que o suposto ato ilegal praticado pela candidata petista feriu a Lei da Ficha Limpa. A ação por abuso de poder político está sendo elaborada e deverá ser protocolada ainda nesta semana, segundo assessoria da campanha de Aécio.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), também anunciou na última sexta-feira que pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a abertura de um inquérito civil público para apurar a denúncia.
 
FONTE: SBT

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