- Aplicativo Viber é um serviço de mensagem de texto, voz e vídeo pela internet; programa concorre com o WhatsApp
O WhatsApp é um dos serviços de mensagem mais populares do mundo com
mais de 700 milhões de usuários ativos. No entanto, o Viber quer
desbancar a plataforma de mensagens comprada pelo Facebook em 2014 com
uma estratégia que lembra um pouco a usada pelo Orkut: a criação de
"comunidades", ou grupos abertos, como é chamado no serviço, só que pelo
smartphone.
A título de comparação, os últimos dados oficiais sobre o WhatsApp no
Brasil foram divulgados por Jan Koum, diretor-executivo do aplicativo,
em abril de 2014. Na época, a rede contabilizava 45 milhões de usuários
ativos no país. Em comparação, o Viber diz ter 23 milhões de brasileiros
ativos no início deste ano.
No mundo, o WhatsApp afirma ter 700 milhões de usuários ativos, enquanto o Viber diz ter 460 milhões de usuários ativos.
Chats em grupo
Boa parte dos aplicativos de mensagem permite conversas em grupo.
Porém, o Viber se diferencia ao oferecer que celebridades montem chats
abertos e permitam que milhares de fãs sigam a conversa dessas pessoas.
Já o WhatsApp possibilita grupos de no máximo 100 pessoas.
"Nos anima o fato de isso ser uma rede social pensada para o ambiente
móvel. Quem cria o grupo pode escolher os que podem publicar. Porém,
qualquer usuário do Viber pode seguir a conversa e interagir com
curtidas em publicações", explica Luiz Felipe Barros, diretor-geral do
Viber no Brasil.
Em breve, a empresa deve permitir que qualquer pessoa crie esses chats
abertos, o que deve tornar o ambiente móvel parecido com o Orkut, pois
os usuários poderão criar espaços temáticos para discussão de diversos
temas.
A função de grupos abertos está disponível desde agosto, mas começou a
ter mais usuários em novembro, quando a empresa diz ter começado a
abordar influenciadores para usar o recurso.
"Procuramos produtores de conteúdos para o público jovem, pois são eles
que movimentam a internet", disse Barros. Com isso, foram criados
grupos como o do programa "Pânico", dos membros do canal do YouTube
"Porta dos fundos", do apresentador Danilo Gentili, do blog de humor
"Não Salvo", entre outros.
Fora do país, os chats abertos que se destacam são do blogueiro
norte-americano Perez Hilton, do Buzzfeed e do DJ de música eletrônica
Paul van Dyk.
Apesar das parcerias com celebridades e alguns veículos de imprensa, o
Viber afirma que não paga para elas usarem os chats abertos. "Em algumas
ocasiões, fazemos divulgação comprando mídia em veículos para divulgar
determinados grupos abertos. Porém, não existe pagamento para utilização
do recurso", disse o diretor da companhia no Brasil.
Mas dá certo?
O grupo aberto mais popular do Viber até o momento é o do humorístico
"Pânico", que tem mais de 480 mil seguidores. Lá, membros do programa da
TV e do rádio trocam mensagens e publicam fotos de bastidores e imagens
engraçadas.
"A gente entrou no Viber sem entender direito como era, mas tem dado
resultado, pois gera uma fidelização da audiência. Os fãs do programa
têm acesso a conteúdos postados pelo pessoal e eles têm gostado
bastante", disse Amanda Ramalho, que integra o elenco do "Pânico" e é
uma das participantes do grupo aberto.
Outro grupo de sucesso na plataforma é o do blog de humor "Não Salvo".
"Fiquei surpreso com a repercussão, pois tenho Twitter desde 2009 e
tenho 400 mil seguidores. No Viber, consegui metade dessa audiência em
apenas dois meses", afirmou Maurício Cid, criador do blog. "Já fiz
testes e em 48 horas o número de cliques em um link já está empatando
com o Twitter".
Viber no Brasil
O Viber é um aplicativo feito em Israel que permite trocar mensagens de
texto, voz e vídeo pela internet. A companhia foi comprada pelo grupo
japonês Rakuten por US$ 900 milhões no início do ano passado. No Brasil,
as atividades do app começaram em janeiro de 2014.
Uma das estratégias para aumentar a base de usuários foi oferecer
ligações VoIP gratuitas no Brasil. Na época, a empresa disse ter passado
de 10 para 16 milhões de usuários. O último crescimento na base veio
com os chats abertos no segundo semestre de 2014. O aplicativo diz ter
passado de 17 milhões de usuários para 23 milhões.
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