segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


Cúpula do partido Solidariedade é barra pesada

 19 de janeiro de 2015 


A Executiva do Solidariedade (SD), partido criado por Paulinho da Força (SP), é autêntica “lista negra” de enrolados em escândalos. A começar pelo fundador: já foi flagrado em investigação da Polícia Federal sobre fraude na liberação de recursos do BNDES e, desde agosto, responde a inquérito por corrupção e venda de cartas sindicais. O 2º secretário do SD é ninguém menos que o deputado Luiz Argôlo (BA), sócio do doleiro Alberto Youssef, fisgado na Operação Lava Jato.




    •    Condenação
Paulinho foi condenado por improbidade e desvio de recursos públicos, em setembro passado, pelo Tribunal Regional Federal (TRF-3).




    •    Seu nome é problema 

O secretário jurídico do Solidariedade é Tiago Cedraz, cujo pai preside o Tribunal de Contas da União, onde ele já admitiu atuar – e muito.




    •    Reputação 

Personagem da Operação Voucher, da Polícia Federal, Tiago Cedraz é também citado na Lava Jato. É jovem, mas sua reputação o precede.




    •    Poder como meta
Tiago Cedraz é amigo de políticos como Pezão, governador do Rio. Ávido por poder, fez de um primo, Luciano, tesoureiro do Solidariedade.




    •    Dono do PR, mensaleiro cria mais dois partidos 

Ex-inquilino da Papuda, mas ainda em prisão domiciliar, o mensaleiro Valdemar Costa Neto ficou com inveja de Gilberto Kassab. O ministro de Cidades, animado com a facilidade para criar seu rentável PSD, recria o Partido Liberal (PL), que já foi de Valdemar. O presidiário, dono do Partido da República (PR), foi à forra: está criando dois partidos: Muda Brasil (MB) e o Partido da Mobilização Popular (PMP).



 

    •    Negócio rentável 

Criar partido é bom negócio porque seus controladores recebem uma fatia do milionário Fundo Partidário, abastecido por recursos públicos.




    •    Balcão
 
Partidos ratearam R$ 313,5 milhões do Fundo Partidário em 2014. Leva mais se tiver mais deputados federais. A filiação deles vale ouro.




    •    Melhor que colo de mãe
 
Além dos milhões do Fundo Partidário, sem o risco de virar alvo da PF, o dono de partido ainda pode ganhar cargo de ministro.




    •    Je suis Moro
Ganha força nas redes sociais a campanha “Je suis Sérgio Moro”, que prega o combate à corrupção, fim da impunidade e cadeia aos “petralhas’”, denominação da turma do PT que se lambuza no poder.




    •    Aliado imprevisto 

Após a temporada na Papuda, o ex-ministro José Dirceu virou um dos principais defensores das demandas dos agentes penitenciários, que há anos lutam por concursos, porte de arma, equiparação salarial etc.




    •    Vai piar 

Aumenta o temor do PT, após a Justiça negar habeas corpus ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso pela Polícia Federal. Os investigadores acreditam que “passarinho preso na gaiola canta mais”

    •    Boa notícia 

Assessor parlamentar do Ministério dos Transportes há 15 anos, Georgenor Cavalcante Pinto deve perder o cargo. A boa notícia é que ele não estará por lá durante eventual nova visita da Polícia Federal.



    •    Horas extras
No Senado, prevalece a farra, apesar das promessas de seriedade. Nos gabinetes parlamentares, segue a regra de que “somente” quatro servidores por dia recebem hora extra. A critério da chefia de gabinete.




    •    Do outro lado 

Na Câmara, são notórias as filas de servidores nos relógios de ponto, aguardando às 20h30 para computarem “horas extras”. É corriqueiro ver gente chegar de carro, estacionar, bater o ponto e ir para casa.




    •    Procura-se Rose
Como pode a sonda Beagle2, desaparecida há 13 anos, ter sido encontrada em Marte, e ninguém ainda ter encontrado Rosemary Noronha? A amiga muito íntima de Lula é acusada de corrupção e tráfico de influência quando trabalhou na Presidência da República.




    •    Até a rainha 

A libra esterlina, que chegou a R$ 4,30 em dezembro, vem surfando na escassez de dólar e caiu para R$ 3,96, o mesmo patamar que era negociada antes do segundo turno das eleições presidenciais.




    •    Enganando Nemo
Faria todo o sentido Paulo Roberto Costa esconder dinheiro do Petrolão debaixo da piscina: ele é especialista em águas profundas.




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POLÍTICA E ECONOMIA