Desligado, equipamento reduz envio de energia do Norte para o Sudeste.
Apagão atingiu na segunda (19) 11 estados e o Distrito Federal.
A restrição no envio de energia do Norte para o Sudeste do país,
causada por defeito em equipamentos de uma linha de transmissão em
manutenção há mais de um mês, é uma das causas do apagão que na
segunda-feira (19) atingiu 11 estados e o Distrito Federal.
O próprio Ministério de Minas e Energia confirmou ao G1 que o problema na interligação Norte-Sudeste está entre as causas do corte de luz.
De acordo com o ministério e com Furnas, empresa da estatal Eletrobras que administra a linha, um banco de capacitores de uma subestação localizada em Gurupi, no Tocantins, está desligado desde o dia 14 de dezembro, depois de apresentar defeito.
Com o equipamento fora de operação, reduziu-se em 12,2% a capacidade máxima de transmissão de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste do país: de 4.100 MW (megawatts) para 3.600 MW.
Apagão
De acordo com o ONS, o apagão ocorreu às 14h55 da segunda (19). No mesmo dia o órgão informou, em nota, que o problema foi causado pelo aumento da demanda e por “restrição na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste.”
O próprio Ministério de Minas e Energia confirmou ao G1 que o problema na interligação Norte-Sudeste está entre as causas do corte de luz.
De acordo com o ministério e com Furnas, empresa da estatal Eletrobras que administra a linha, um banco de capacitores de uma subestação localizada em Gurupi, no Tocantins, está desligado desde o dia 14 de dezembro, depois de apresentar defeito.
Com o equipamento fora de operação, reduziu-se em 12,2% a capacidade máxima de transmissão de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste do país: de 4.100 MW (megawatts) para 3.600 MW.
Apagão
De acordo com o ONS, o apagão ocorreu às 14h55 da segunda (19). No mesmo dia o órgão informou, em nota, que o problema foi causado pelo aumento da demanda e por “restrição na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste.”
Em entrevista também na segunda, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que uma das causas do apagão era uma falha em banco de capacitores na linha Norte-Sul.
Entretanto, nem o ONS, nem o Ministério de Minas e Energia, informaram na oportunidade que a restrição no envio de energia se devia a um equipamento desligado para manutenção há mais de um mês, justamente em numa época em o país costuma bater recordes de consumo devido ao calor.
Questionados, tanto o ministério quanto Furnas negaram atraso na
conclusão da manutenção. De acordo com a empresa, “o equipamento está em
fase final de manutenção/montagem e tem previsão de ser liberado para
operação na próxima segunda-feira (26).” A previsão inicial, informou,
era que isso ocorresse apenas em 31 de janeiro.
Crise energética
Estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm registrado calor recorde nas últimas semanas. Com isso, a demanda por energia aumenta devido principalmente ao uso mais intenso de aparelhos de ar condicionado.
Além disso, a região Sudeste enfrenta crise provocada pela falta de chuvas, que vem reduzindo o volume de água nos reservatórios de suas hidrelétricas. Atualmente, essas represas registram armazenamento médio de 17%.
Por conta desses dois fatores, o Sudeste, principal centro consumidor do país, vem dependendo cada vez mais da energia enviada de outras regiões, por meio das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Crise energética
Estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm registrado calor recorde nas últimas semanas. Com isso, a demanda por energia aumenta devido principalmente ao uso mais intenso de aparelhos de ar condicionado.
Além disso, a região Sudeste enfrenta crise provocada pela falta de chuvas, que vem reduzindo o volume de água nos reservatórios de suas hidrelétricas. Atualmente, essas represas registram armazenamento médio de 17%.
Por conta desses dois fatores, o Sudeste, principal centro consumidor do país, vem dependendo cada vez mais da energia enviada de outras regiões, por meio das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Depois do apagão, o Brasil passou a importar energia da Argentina para atender a parte da demanda nos momentos de pico de consumo.
Efeito dominó
Por contra da restrição na linha de transmissão, na segunda (19) faltou energia para atender a toda a demanda do Sudeste. Essa situação gerou um desequilíbrio, uma variação na frequência da energia, que provocou o acionamento do sistema de segurança de 11 usinas geradoras no país, desligadas para evitar danos em suas máquinas.
O ONS, então, determinou a distribuidoras que cortassem o fornecimento de energia em pontos selecionados. O objetivo era acabar com a diferença entre oferta e demanda para reequilibrar o sistema. Cerca de uma hora depois, de acordo com o órgão, o fornecimento estava reestabelecido em todo o país.
Oficialmente, o governo, junto com o ONS, ainda investiga todas as causas do apagão. O ministro Eduardo Braga tem negado falta de energia no país para atender a toda a demanda neste início de ano de forte calor.
Efeito dominó
Por contra da restrição na linha de transmissão, na segunda (19) faltou energia para atender a toda a demanda do Sudeste. Essa situação gerou um desequilíbrio, uma variação na frequência da energia, que provocou o acionamento do sistema de segurança de 11 usinas geradoras no país, desligadas para evitar danos em suas máquinas.
O ONS, então, determinou a distribuidoras que cortassem o fornecimento de energia em pontos selecionados. O objetivo era acabar com a diferença entre oferta e demanda para reequilibrar o sistema. Cerca de uma hora depois, de acordo com o órgão, o fornecimento estava reestabelecido em todo o país.
Oficialmente, o governo, junto com o ONS, ainda investiga todas as causas do apagão. O ministro Eduardo Braga tem negado falta de energia no país para atender a toda a demanda neste início de ano de forte calor.
- 1 dia depois do apagão, Brasil importou energia da Argentina
- Com custo alto da energia, país deveria cortar consumo em até 5%
- País precisa reduzir gasto de energia com urgência, dizem especialistas
- Governo anuncia 1,5 mil MW de energia a mais para atender Sudeste
- Regiões SE e CO batem novo recorde de consumo de energia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA