Na terceira manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff 
após a reeleição da petista, um grupo que pedia intervenção militar no 
Brasil teve que ser retirado pela polícia após atrito com o restante dos
 participantes do ato. 
Neste sábado (29), cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, se 
concentraram no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida 
Paulista (região central de São Paulo). 
A confusão começou quando o empresário Ricardo Roque, 44, usou um 
megafone para pedir a intervenção do Exército no Planalto. Com ele, um 
grupo de manifestantes levantava cartazes pedindo a volta dos militares 
-um deles, vendia camisetas e bonés com estampas camufladas por R$ 30 e 
R$ 15 cada, respectivamente. 
Em cima de um carro de som, o cantor Lobão -que decidiu voltar às 
manifestações pelo impeachment após desistir do ato do último dia 15, 
por conta dos pedidos de intervenção militar- disse que esse tipo de 
pauta não é bem vinda no protesto. "Essas pessoas aqui são tão 
alienígenas quanto o pessoal do MST", afirmou. 
Com gritos, a maioria dos participantes do ato pediu a expulsão do grupo
 a favor da intervenção do Exército. A demanda foi atendida pela PM, que
 afastou os manifestantes.

'FRAUDE'
Marcello Reis, fundador do movimento Revoltados Online, que organiza o 
protesto, disse que o objetivo do evento é mostrar que as eleições 
presidenciais deste ano foram fraudadas. Ele diz ter "provas cabais" de 
que a apuração doa votos foi irregular. 
"Tenho parentes que foram votar e, quando chegaram, já tinham votados por eles", disse.
Segundo ele, o protesto "é livre" e todos têm direito de expressar suas 
demandas, inclusive os que pedem intervenção militar. "Nós estamos 
vivendo uma ditadura agora." 
O ato ficou, desde as 14h, concentrado no Masp e depois seguiu em 
direção a Consolação. Um trecho de uma das pistas da Avenida Paulista 
foi interditado. 
"Somos todos coxinhas", brincou um membro do Revoltados Online, de cima 
do carro de som, após a confusão, em referência ao apelido dado a 
eleitores de direita em São Paulo. 
Enquanto isso, um grupo de pessoas fantasiadas de personagens do seriado
 Chaves circulava pelo vão do Masp, em homenagem ao ator Roberto 
Bolaños, que morreu nesta sexta-feira (28).

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