A Petrobras confirmou pela primeira vez que está sendo investigada pela 
SEC (Securities and Exchange Commission), regulador do mercado de 
capitais nos Estados Unidos, indicando que a apuração é relacionada às 
denúncias de corrupção reveladas nos desdobramentos da Operação Lava 
Jato. 
De acordo com comunicado enviado pela companhia ao mercado, nesta 
segunda-feira à noite, a SEC enviou à companhia um requerimento de 
documentos da companhia "relacionados a uma investigação" do regulador 
americano. 
A Petrobras está sujeita à regulação americana porque negocia papéis na Nyse, a Bolsa de Nova York. 
| Divulgação/Clui.org | ||
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| Vista aérea da Refinaria de Pasadena, que pertence à Petrobras, no canal de Houston, no Texas | 
Segundo a Petrobras, serão enviadas informações obtidas pela apuração 
independente que está sendo feita conjuntamente pelos escritórios 
Trench, Rossi e Watanabe, brasileiro, e o Gibson, Dunn & Crutcher, 
sediado nos Estados Unidos. 
Os dois escritórios foram contratados no fim de outubro, por 
determinação da empresa que audita os balanços da Petrobras, a PwC 
(PricewaterhouseCoopers), preocupada com a veracidade e a extensão dos 
efeitos das denúncias. 
Os escritórios se apresentam em suas páginas na internet como 
especializados nas leis anticorrupção dos Estados Unidos, em especial a 
FCPA (Foreign Corrupt Practice Act), que prevê pesadas multas e punições
 a empresas estrangeiras que negociam títulos nos Estados Unidos 
flagradas em corrupção. 
A PwC enviou, em 16 de outubro, uma carta à Petrobras mostrando 
preocupação com envolvimento dos administradores na companhia nas 
denúncias de corrupção relevadas pelos delatores da Operação Lava Jato à
 Justiça –entre eles, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. 
A PwC disse, na ocasião, ser "absolutamente necessário" aprofundar as 
investigações e ameaçou denunciar a omissão da empresa, caso houvesse, à
 SEC. 
Apesar da providência tomada pela Petrobras, a PwC optou por não auditar
 o balanço do terceiro trimestre da empresa, até que fosse possível 
subtrair do patrimônio os valores adicionados aos investimentos, 
inflados pelo pagamento de propinas e desvios de recursos. 


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