MARINA ESTARQUE
Como dizia o poeta Castro Alves, livro caindo na alma é chuva que faz o
mar. Na alma da funcionária Aline Santos, o poema do cliente Luiz Carlos
Garcia, 64, também fez desaguar: as lágrimas.
A carta de Garcia, com 160 versos rimados, era uma reclamação por cobranças indevidas à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, a Caesb.
Apesar de morar sozinho em uma casa em Brasília, o valor da conta mensal de água de Garcia atingiu R$ 1.150. Em vez de um telefonema raivoso ou de um e-mail malcriado, Garcia, que é consultor de projetos, escreveu: "O hidrômetro que marca e conta/a água que aqui consumo/é como fumaça que espalha/de um cigarro que não fumo."
Inspirado nos versos de Castro Alves, um dos seus escritores preferidos, e também na Terceira Lei de Newton (da ação e reação), Garcia quis fazer a queixa da forma mais "gentil e delicada" que podia. "Se você trata o outro com respeito e dignidade, é isso que você recebe de volta. É uma questão de posicionamento na vida", justifica.
CONSUMO MODESTO
Ao longo do texto, Garcia conta que mora sozinho, faz um consumo modesto do serviço e, mesmo assim, a cobrança teria sido muito alta. "Nem para beber uso água/que da rede aqui deságua/das minerais me abasteço/e disso não guardo mágoa."
Garcia descreve também que fizera uma obra para trocar o encanamento da casa e corrigir eventuais vazamentos. Entretanto, depois da reforma, a conta continuava muito superior à dos vizinhos.
Ele aponta então o responsável pelas falhas, "mui" respeitosamente: "A Caesb é empresa séria/não há dúvidas que eu levante então nessa minha história/o hidrômetro é o meliante". A carta, endereçada ao presidente da companhia, foi protocolada em março. Um dia depois, o cliente recebeu uma ligação do vice-presidente, que prometeu investigar o caso.
Passado cerca de um mês, a carta chegou às mãos de Aline Santos, 46, encarregada de redigir uma resposta à altura. A empresa havia identificado um vazamento na rede e pretendia devolver, por meio de descontos, o valor já pago pelo "consultor poeta".
Assim que leu o poema, na frente dos outros funcionários, Aline começou a chorar. "Todo mundo riu, eu sou frouxa mesmo", diz. Além de supervisora do escritório de atendimento ao cliente, ela é formada em letras e apaixonada por poesia. É conhecida na empresa por cobrar da equipe o uso correto da língua portuguesa.
ATÍPICO
"O poema foi algo totalmente atípico. Me tocou porque me senti respeitada como empregada e como pessoa. Geralmente o que a gente encontra aqui é o extremo oposto. As pessoas quando vêm reclamar já chegam com pedras nas mãos", conta.
Aline levou o texto de Garcia para casa e elaborou outro poema, como réplica oficial da empresa. "Vimos pelo presente documento/Apresentar os resultados apurados/Na esperança de que com esse intento/Encerremos seus desagrados."
A funcionária da companhia diz que costuma escrever prosa –contos que ainda não saíram da gaveta–, e não poemas, mas que se esforçou para manter o estilo de Garcia. "E eis que ficou constatado/A ocorrência de um vazamento/Comprovadamente sanado/No mais curto espaço de tempo", prosseguiu.
"Quis fazer uma homenagem. Ele humanizou uma relação comercial, e isso é fantástico", diz a supervisora. Garcia ficou surpreso com a resposta –"Uma gentileza maravilhosa"– e com as contas dos meses seguintes. Os valores caíram drasticamente até atingir R$ 127.
Ele aconselha: "Quando você tem um problema e a solução depende dos dois, é melhor tratar o outro como fonte de ajuda, e não como um obstáculo". Com a conta de água em seu preço justo e o desperdício interrompido, o consumidor poeta se permite um trocadilho: "A história desaguou em um final feliz".
Poema do cliente para a empresa
Senhor Presidente Venho mui respeitosamente à presença de vossa senhoria para apresentar e requerer o que se segue:
Venho à vossa senhoria externar o que me aborrece se não pode perseverar aquilo que me entristece
O hidrômetro que marca e conta a água que aqui consumo é como fumaça que espalha de um cigarro que não fumo
Desde que foi instalado o novo tecnológico instrumento a cada leitura nele feito perco até os movimentos
Preocupado com a conta que sempre me mostra aumento até contratei uma empresa que se diz caça-vazamento
Na verdade o que queria na lucidez do momento era encontrar uma forma para estancar o tormento
E um trabalho dedicado puseram-se os homens a fazer na busca de saber se o indicado eles poderiam resolver
Depois de muito procurar em canos, válvulas e torneiras disseram-me algo encontrar que explicasse d'água a peneira
Puseram-se então a falar na rede, este trecho é o problema se os canos daqui, for trocar resolvemos o seu dilema
Cem metros de cano comprei cola, lixa e conexões depressa do comércio voltei atendendo as orientações
Fizeram toda tarefa da rede modificar depois foram-se embora p'ra outras casas visitar
Grande foi a minha surpresa que nem sei como contar fui consultar o hidrômetro e ver o que ele estava a marcar
Quando o olhei atentamente com tudo na casa fechado lá estava o renitente a se mover, desesperado
Acreditar? já não podia naquilo que ali, eu via restou-me naquela agonia me apegar n'alguma magia
Aqui moro sozinho sem filhos, mulher, empregado não lavo roupas, nem cozinho só no banho, o líquido é usado
Nem para beber uso água que da rede aqui deságua das minerais me abasteço e disso não guardo mágoa
Também não recebo visitas que a água pudessem consumir por isso procurar respostas é no que preciso insistir
Minha casa é bem pequena apenas cem metros quadrados nela só faço dormir e preservar meus guardados
Não levo os jardins a regar nem carros eu deixo lavar calçadas com a água esfregar por onde esta água escoar?
Faxino a casa com balde e um pano p'ra no chão passar diz minha consciência em alarde a água é p'ra se economizar
Uma coisa é verdade que aqui preciso indagar como pode uma só pessoa tanta água no mês gastar?
Um mistério se formou se esta água aqui entrou se dela pouco se usou a maior parte evaporou?
A vários vizinhos perguntei e a pessoas que conheço: da água que consomem por mês na conta vem qual o preço?
Quando minha conta os mostrei consternação demonstraram
_ao sentir o quanto assuste,_ procure a Caesb, falaram
Até mesmo em casas grandes de famílias numerosas os valores lançados nas contas não são de montas onerosas
Em outros tempos diria quando a rede era antiga mesmo achando água cara a conta era bem mais amiga
Depois dessa rede mudada p'ra outra que diferença não vi me chega a conta inusitada a cobrar o que não consumi
Recibos passados eu junto para sustentar o que escrevo pois como um bom cidadão sempre pago o que devo
A Caesb é empresa séria não há dúvidas que eu levante então nesta minha história o hidrômetro é o meliante
Sei que não posso acusar se provas me estão a faltar mais se a suspeição está no ar é preciso investigar
Peço a vossa senhoria que mande me socorrer pois se a conta assim ficar de infarto posso morrer
Com licença, peço aos peritos dessa Companhia honrada para o indivíduo estudar e esta situação aclarar
Com suas técnicas e instrumentos sobre o dito cujo, aplicados saberemos se seu trabalho é correto ou é viciado
Se inocente estiver desculpas já devo pedir mais recolhido deverá ser se nele a culpa recair
Se comprovado, o erro for de quem o consumo media devolva-me com prontidão o que paguei e não devia
Ou se preferir modo outro proponho a vossa senhoria descontar o tal valor quando faturar a Companhia
Pois se assim não for feito outro caminho não há se não o de ir a justiça o meu direito reclamar
Rogo vossa senhoria uma providência tomar pois não é justo essa conta eu ter que continuar a pagar
Assim, deixo o meu pedido em forma de poesia se escrever é uma arte que me enche de alegria
E, antes que se faça tarde neste tempo, o que pronuncia antecipo meus agradecimentos junto a vossa senhoria
Como nos ensina a lição que nos vem d'antigamente despeço-me no último verso com um gentil, cordialmente.
Poema da funcionária da empresa para o cliente
Sr. Luiz Carlos
Em resposta à sua manifestação Sob o n.º 1.723/2016 protocolada Na qual nos chamou atenção O brilhante uso da nossa língua falada Vimos pelo presente documento Apresentar os resultados apurados Na esperança de que com esse intento Encerremos os seus desagrados
A fim de verificar A situação apresentada Pusemo-nos a vistoriar As instalações internas afetadas E eis que ficou constatado A ocorrência de um vazamento Comprovadamente sanado No mais curto espaço de tempo
Para assegurar um fornecimento Contínuo, lhano e escorreito Fora instalado um equipamento De precisão, em seu conceito E ao fim de 58h constantes Registrou o importante instrumento Não haver na rede pressões variantes Que provocassem um derramamento
Desta forma, concluímos que o vazamento Ocorrido em sua residência Tratou-se de um fortuito acontecimento Lamentável em sua essência E, atendendo a Resolução da Adasa Que norteia os procedimentos desta Casa Foram concedidos os descontos possíveis Aos casos de vazamentos imperceptíveis
Estão creditados para os próximos faturamentos Valores resultantes das revisões das contas Limitadas a dois consecutivos eventos Com prazo de 12 meses para nova remonta Mas sabendo dos hábitos conscientes Por V. Sª praticados Certamente não será recorrente O evento outrora cessado
Pessoalmente quero aqui registrar Minha admiração e meu mais profundo respeito Posto que, lamentavelmente, não é comum encontrar Quem faz do uso da palavra um belo feito Compartilhando da mesma paixão Me despeço com leniência E digo com admiração Receba minha reverência
A carta de Garcia, com 160 versos rimados, era uma reclamação por cobranças indevidas à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, a Caesb.
Alan Marques/Folhapress | ||
Luiz Carlos Garcia, que recebeu contas de água abusivas e fez reclamação em forma de poema |
Apesar de morar sozinho em uma casa em Brasília, o valor da conta mensal de água de Garcia atingiu R$ 1.150. Em vez de um telefonema raivoso ou de um e-mail malcriado, Garcia, que é consultor de projetos, escreveu: "O hidrômetro que marca e conta/a água que aqui consumo/é como fumaça que espalha/de um cigarro que não fumo."
Inspirado nos versos de Castro Alves, um dos seus escritores preferidos, e também na Terceira Lei de Newton (da ação e reação), Garcia quis fazer a queixa da forma mais "gentil e delicada" que podia. "Se você trata o outro com respeito e dignidade, é isso que você recebe de volta. É uma questão de posicionamento na vida", justifica.
CONSUMO MODESTO
Ao longo do texto, Garcia conta que mora sozinho, faz um consumo modesto do serviço e, mesmo assim, a cobrança teria sido muito alta. "Nem para beber uso água/que da rede aqui deságua/das minerais me abasteço/e disso não guardo mágoa."
Garcia descreve também que fizera uma obra para trocar o encanamento da casa e corrigir eventuais vazamentos. Entretanto, depois da reforma, a conta continuava muito superior à dos vizinhos.
Ele aponta então o responsável pelas falhas, "mui" respeitosamente: "A Caesb é empresa séria/não há dúvidas que eu levante então nessa minha história/o hidrômetro é o meliante". A carta, endereçada ao presidente da companhia, foi protocolada em março. Um dia depois, o cliente recebeu uma ligação do vice-presidente, que prometeu investigar o caso.
Passado cerca de um mês, a carta chegou às mãos de Aline Santos, 46, encarregada de redigir uma resposta à altura. A empresa havia identificado um vazamento na rede e pretendia devolver, por meio de descontos, o valor já pago pelo "consultor poeta".
Assim que leu o poema, na frente dos outros funcionários, Aline começou a chorar. "Todo mundo riu, eu sou frouxa mesmo", diz. Além de supervisora do escritório de atendimento ao cliente, ela é formada em letras e apaixonada por poesia. É conhecida na empresa por cobrar da equipe o uso correto da língua portuguesa.
ATÍPICO
"O poema foi algo totalmente atípico. Me tocou porque me senti respeitada como empregada e como pessoa. Geralmente o que a gente encontra aqui é o extremo oposto. As pessoas quando vêm reclamar já chegam com pedras nas mãos", conta.
Aline levou o texto de Garcia para casa e elaborou outro poema, como réplica oficial da empresa. "Vimos pelo presente documento/Apresentar os resultados apurados/Na esperança de que com esse intento/Encerremos seus desagrados."
A funcionária da companhia diz que costuma escrever prosa –contos que ainda não saíram da gaveta–, e não poemas, mas que se esforçou para manter o estilo de Garcia. "E eis que ficou constatado/A ocorrência de um vazamento/Comprovadamente sanado/No mais curto espaço de tempo", prosseguiu.
"Quis fazer uma homenagem. Ele humanizou uma relação comercial, e isso é fantástico", diz a supervisora. Garcia ficou surpreso com a resposta –"Uma gentileza maravilhosa"– e com as contas dos meses seguintes. Os valores caíram drasticamente até atingir R$ 127.
Ele aconselha: "Quando você tem um problema e a solução depende dos dois, é melhor tratar o outro como fonte de ajuda, e não como um obstáculo". Com a conta de água em seu preço justo e o desperdício interrompido, o consumidor poeta se permite um trocadilho: "A história desaguou em um final feliz".
*
Confira abaixo a troca de poemas.
Poema do cliente para a empresa
Senhor Presidente Venho mui respeitosamente à presença de vossa senhoria para apresentar e requerer o que se segue:
Venho à vossa senhoria externar o que me aborrece se não pode perseverar aquilo que me entristece
O hidrômetro que marca e conta a água que aqui consumo é como fumaça que espalha de um cigarro que não fumo
Desde que foi instalado o novo tecnológico instrumento a cada leitura nele feito perco até os movimentos
Preocupado com a conta que sempre me mostra aumento até contratei uma empresa que se diz caça-vazamento
Na verdade o que queria na lucidez do momento era encontrar uma forma para estancar o tormento
E um trabalho dedicado puseram-se os homens a fazer na busca de saber se o indicado eles poderiam resolver
Depois de muito procurar em canos, válvulas e torneiras disseram-me algo encontrar que explicasse d'água a peneira
Puseram-se então a falar na rede, este trecho é o problema se os canos daqui, for trocar resolvemos o seu dilema
Cem metros de cano comprei cola, lixa e conexões depressa do comércio voltei atendendo as orientações
Fizeram toda tarefa da rede modificar depois foram-se embora p'ra outras casas visitar
Grande foi a minha surpresa que nem sei como contar fui consultar o hidrômetro e ver o que ele estava a marcar
Quando o olhei atentamente com tudo na casa fechado lá estava o renitente a se mover, desesperado
Acreditar? já não podia naquilo que ali, eu via restou-me naquela agonia me apegar n'alguma magia
Aqui moro sozinho sem filhos, mulher, empregado não lavo roupas, nem cozinho só no banho, o líquido é usado
Nem para beber uso água que da rede aqui deságua das minerais me abasteço e disso não guardo mágoa
Também não recebo visitas que a água pudessem consumir por isso procurar respostas é no que preciso insistir
Minha casa é bem pequena apenas cem metros quadrados nela só faço dormir e preservar meus guardados
Não levo os jardins a regar nem carros eu deixo lavar calçadas com a água esfregar por onde esta água escoar?
Faxino a casa com balde e um pano p'ra no chão passar diz minha consciência em alarde a água é p'ra se economizar
Uma coisa é verdade que aqui preciso indagar como pode uma só pessoa tanta água no mês gastar?
Um mistério se formou se esta água aqui entrou se dela pouco se usou a maior parte evaporou?
A vários vizinhos perguntei e a pessoas que conheço: da água que consomem por mês na conta vem qual o preço?
Quando minha conta os mostrei consternação demonstraram
_ao sentir o quanto assuste,_ procure a Caesb, falaram
Até mesmo em casas grandes de famílias numerosas os valores lançados nas contas não são de montas onerosas
Em outros tempos diria quando a rede era antiga mesmo achando água cara a conta era bem mais amiga
Depois dessa rede mudada p'ra outra que diferença não vi me chega a conta inusitada a cobrar o que não consumi
Recibos passados eu junto para sustentar o que escrevo pois como um bom cidadão sempre pago o que devo
A Caesb é empresa séria não há dúvidas que eu levante então nesta minha história o hidrômetro é o meliante
Sei que não posso acusar se provas me estão a faltar mais se a suspeição está no ar é preciso investigar
Peço a vossa senhoria que mande me socorrer pois se a conta assim ficar de infarto posso morrer
Com licença, peço aos peritos dessa Companhia honrada para o indivíduo estudar e esta situação aclarar
Com suas técnicas e instrumentos sobre o dito cujo, aplicados saberemos se seu trabalho é correto ou é viciado
Se inocente estiver desculpas já devo pedir mais recolhido deverá ser se nele a culpa recair
Se comprovado, o erro for de quem o consumo media devolva-me com prontidão o que paguei e não devia
Ou se preferir modo outro proponho a vossa senhoria descontar o tal valor quando faturar a Companhia
Pois se assim não for feito outro caminho não há se não o de ir a justiça o meu direito reclamar
Rogo vossa senhoria uma providência tomar pois não é justo essa conta eu ter que continuar a pagar
Assim, deixo o meu pedido em forma de poesia se escrever é uma arte que me enche de alegria
E, antes que se faça tarde neste tempo, o que pronuncia antecipo meus agradecimentos junto a vossa senhoria
Como nos ensina a lição que nos vem d'antigamente despeço-me no último verso com um gentil, cordialmente.
Poema da funcionária da empresa para o cliente
Sr. Luiz Carlos
Em resposta à sua manifestação Sob o n.º 1.723/2016 protocolada Na qual nos chamou atenção O brilhante uso da nossa língua falada Vimos pelo presente documento Apresentar os resultados apurados Na esperança de que com esse intento Encerremos os seus desagrados
A fim de verificar A situação apresentada Pusemo-nos a vistoriar As instalações internas afetadas E eis que ficou constatado A ocorrência de um vazamento Comprovadamente sanado No mais curto espaço de tempo
Para assegurar um fornecimento Contínuo, lhano e escorreito Fora instalado um equipamento De precisão, em seu conceito E ao fim de 58h constantes Registrou o importante instrumento Não haver na rede pressões variantes Que provocassem um derramamento
Desta forma, concluímos que o vazamento Ocorrido em sua residência Tratou-se de um fortuito acontecimento Lamentável em sua essência E, atendendo a Resolução da Adasa Que norteia os procedimentos desta Casa Foram concedidos os descontos possíveis Aos casos de vazamentos imperceptíveis
Estão creditados para os próximos faturamentos Valores resultantes das revisões das contas Limitadas a dois consecutivos eventos Com prazo de 12 meses para nova remonta Mas sabendo dos hábitos conscientes Por V. Sª praticados Certamente não será recorrente O evento outrora cessado
Pessoalmente quero aqui registrar Minha admiração e meu mais profundo respeito Posto que, lamentavelmente, não é comum encontrar Quem faz do uso da palavra um belo feito Compartilhando da mesma paixão Me despeço com leniência E digo com admiração Receba minha reverência
Nenhum comentário:
Postar um comentário
POLÍTICA E ECONOMIA