Há momentos que dá um orgulho danado ser brasileira, mas há outros que ... vida que segue... anula, desanula... vai entender!
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O presidente do Senado, Renan Calheiros, durante a leitura do relatório sobre processo de impeachment |
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta
segunda-feira (9), de acordo com senadores, que irá manter o cronograma
do processo de impeachment no Senado por considerar que a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação do caso na Câmara foi "ilegal".
"Tudo indica que a decisão de Renan será pela leitura do relatório
[nesta segunda]. O presidente está convencido que a decisão do
presidente da Câmara foi ilegal e intempestiva", afirmou o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Renan deixou sua casa às 16h, e, segundo senadores, pretende anunciar
sua decisão de manter rito do impeachment e ler a aprovação do relatório
votado na comissão especial.
Logo que soube da deliberação de Maranhão, Renan convocou uma reunião
com os líderes partidários em sua residência oficial para ouvi-los antes
de tomar uma decisão.
Ao deixar a reunião, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN),
afirmou que, pela conversa que os parlamentares tiveram com Renan, ele
está "do lado da lógica".
Renan deverá ler em plenário ainda nesta segunda o resultado da votação
realizada na semana passada pela comissão especial do impeachment que
aprovou a abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff.
Inicialmente, a leitura estava marcada para acontecer às 16h mas o
peemedebista atrasará.
Senadores governistas, no entanto, prometem apresentar diversas questões
de ordem ao longo da sessão desta segunda para impedir que Renan
consiga realizar a leitura do documento. "Nossa opinião é que ele não
deveria ler no plenário. Sinto que não há uma decisão tomada", disse
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Se esta etapa for adiada, a presidente Dilma Rousseff pode ganhar, pelo
menos, uma semana de sobrevida já que a votação em plenário do seu
afastamento pode, pelas regras regimentais e prazos a serem cumpridos,
ficar para a semana que vem.
Até o momento, a votação está prevista para acontecer na quarta (11). Se
a Casa referendar a decisão, por maioria simples, Dilma Rousseff será
afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assumirá o
comando do país neste período. Enquanto isso, a comissão especial
procederá com a investigação que poderá levar à saída definitiva da
petista da função.
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