domingo, 5 de julho de 2015

PSDB faz convenção que reconduzirá Aécio Neves à presidência do partido


05/07/2015 09h22 - Atualizado em 05/07/2015 13h08

Senador mineiro assumirá novo mandato de dois anos à frente do PSDB.

Senador Aécio Neves (PSDB-MG), que vai ser reconduzido neste domingo, 05, à presidência do PSDB, acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo) 
Em meio à convenção, Aécio Neves se sentou ao lado do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, próximo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. (Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo)

Principal partido da oposição, o PSDB reconduzirá neste domingo (5) o senador Aécio Neves (MG) à presidência nacional da legenda para um novo mandato de dois anos. A eleição do parlamentar tucano ocorrerá durante a convenção da sigla, em Brasília. O evento, que iniciou por volta das 8h deste domingo, deve se encerrar às 14h.

O encontro do PSDB, realizado em um hotel da capital federal, contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do senador José Serra (SP).

Ao longo da convenção, os oradores do PSDB centraram seus discursos em críticas e acusações à presidente Dilma Rousseff e ao PT.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), convocou os integrantes da sigla a irem às ruas para "salvar o país". Em tom irônico, ele disse que o partido não defende golpe.

"Golpe foi o que eles praticaram contra o povo brasileiro", ressaltou o senador tucano, em referência ao governo petista.

Cunha Lima declarou ainda que, durante anos, o PT tentou dividir o Brasil. "O Brasil hoje está dividido. Do lado de lá, governo corrupto do PT, do lado de cá, o povo brasileiro que vai às ruas."

O líder do partido na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), atribuiu ao governo do PT a responsabilidade por problemas registrados na saúde pública.

Aliados da oposição

Dirigentes e parlamentares de outros partidos, incluindo um senador de uma legenda que integra a base aliada da presidente Dilma Rousseff, também discursaram na convenção nacional do PSDB. Diante da militância tucana, eles teceram duras críticas à gestão petista.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu uma "intervenção das forças democráticas" do país para fazer frente à gestão de Dilma. Para ele, o clímax da crise econômica ainda não foi atingido no Brasil. "[A crise econômica] vai se aprofundar, piores consequências teremos", enfatizou.

Presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN) chegou a falar em "antecipar eleições", em razão de suspeitas de abuso de poder econômico por parte do PT na eleição de 2014. Na visão de Agripino, Dilma "terceirizou o país" e não controla todas as áreas do governo. "O Brasil quer um presidente que manda", observou o presidente do DEM.

Já o senador do PR Magno Malta (ES) disse que, apesar de o partido dele fazer parte da base governista, ele se considera "da base do povo". O parlamentar do PR arrancou aplausos da militância tucana ao afirmar que os parlamentares não devem "dar refresco" aos pacotes que são enviados pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional.

Em meio ao evento, o locutor leu uma carta enviada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que não compareceu à convenção. No texto, o dirigente do PSB, partido que apoiou Aécio no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, falou em superar a situação atual do país.

"Expresso minha esperança de que forças políticas e democráticas possam criar condições necessárias para superar as dificuldades vividas pelos brasileiros", disse Siqueira no comunicado.

Executiva Nacional

Durante o evento, também ocorrerá a eleição dos integrantes da Comissão Executiva e do diretório nacional do partido, que serão escolhidos por 528 delegados do PSDB. Segundo a assessoria da sigla, na convenção também serão definidos os membros dos conselhos de ética, fiscal e político, além do presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV).

Aécio assumiu o comando do PSDB em maio de 2013, antes de ele oficializar a candidatura à Presidência da República nas eleições do ano passado. Na ocasião, o tucano foi eleito para a presidência da legenda com 97,3% dos votos dos integrantes do PSDB.


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