terça-feira, 28 de julho de 2015

PT promete 'guerra' a oposição em reação a ofensiva contra Lula

À prova de bala O PT promete “guerra” à oposição no Congresso, na volta do recesso, em reação ao que considera ofensiva orquestrada para atingir Lula. Senadores e deputados vão responder a ataques nas tribunas e “partir para cima” de caciques tucanos como Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), ambos ex-governadores. A estratégia será cobrar que a Lava Jato aprofunde investigações sobre a relação das empreiteiras com governos do PSDB em Estados como São Paulo e Minas Gerais.


Limites De um senador petista que esteve com o ex-presidente na semana passada, ao explicar a reação da sigla: “Mexer com a Dilma tudo bem, mas com o Lula não!”.

Rua Dirigentes de partidos da oposição já apontavam na semana passada que o agravamento da situação de Lula é um dos poucos fatores que podem reagrupar forças de esquerda, hoje dispersas e críticas ao governo Dilma.

Aceno O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, conversou com o relator das contas de Dilma no TCU, Augusto Nardes, para marcar duas reuniões entre técnicos do governo e do tribunal para analisar a defesa apresentada na semana passada.

Low profile Servidores do Banco Central e dos ministérios do Planejamento e da Fazenda devem se reunir com membros das secretarias de Fazenda e Macroavaliação do TCU. Ministros ficarão de fora para evitar dar caráter político aos encontros.

No tapetão Do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-SP), citando Rubens Minelli no Twitter após a vitória de seu time, o São Paulo: “Vou me mandar antes que o primeiro vire último e o último primeiro”. E arrematou: “O Brasil tá assim!”.

Pororoca 1 O PSB reforça nesta semana convite para ato público no Recife no dia 10, quando Eduardo Campos completaria 50 anos.

Pororoca 2 O evento pode reunir Lula, Dilma, Marina Silva e Aécio Neves, todos na lista de convidados.

Agora vai? O governo espera fechar até setembro pelo menos um acordo de leniência em negociação com empreiteiras investigadas na Lava Jato. Por ora, o que emperra que os tratos sejam selados é a indefinição sobre o valor a ser ressarcido ao erário.

Ponta do lápis A Petrobras deve apontar nas próximas semanas o valor exato a ser devolvido pelas empresas que reconhecerem a prática de corrupção, que não será inferior aos R$ 6,2 bilhões que a estatal anunciou como prejuízo com os desvios.

Tudo ou nada O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, ameaça intervir no diretório da capital e dissolver as duas Executivas registradas caso os grupos não façam acordo. Quer que caciques solucionem o impasse.

Bomba… Além do desgaste na imagem do governo com a redução dos repasses da Nota Fiscal Paulista, Geraldo Alckmin manifestou preocupação extra com as mudanças no sistema.

… relógio ONGs que se beneficiam do programa muitas delas com convênios com o Estado não têm como continuar funcionando caso o governo leve adiante a decisão de postergar o segundo repasse dos créditos de 2015 para o início de 2016.

Ritmo de Olimpíada A Força Sindical fará um protesto contra os juros altos nesta terça, em frente ao Banco Central, antes da reunião do Copom sobre a taxa. Quer montar um pódio e distribuir premiações a banqueiros e especuladores fantasiados.

Dupla jornada A mudança na lei que proibiu eleitores filiados a partidos de assinar fichas de apoio à criação de novas legendas atrasou a fundação do PL, de Gilberto Kassab (Cidades). Em alguns municípios pequenos, até 40% das assinaturas foram descartadas.

TIROTEIO

A decisão da Justiça sobre as ciclovias coloca os tucanos no seu devido lugar: o da oposição irracional, adepta do quanto pior melhor.
DE PAULO FIORILO, presidente do PT paulistano, sobre decisão em que a Justiça sustenta que as ciclovias da gestão Fernando Haddad não foram feitas a esmo.



CONTRAPONTO

Tudo menos isso

Em uma das sessões da comissão especial do Senado sobre reforma política, no início de julho, Benedito de Lira (PP-AL) iniciou sua exposição dizendo que o tema era muito complexo e polêmico.

O alagoano sustentou que, como o tempo era curto para que fosse aprovada uma mudança completa, o grupo deveria se concentrar em temas convergentes e suspender o recesso parlamentar para agilizar as discussões.

Fernando Collor (PTB-AL) rebateu o conterrâneo:
—V. Exa. propõe convergência e inicia com o tema mais polêmico para essa casa? —afirmou, indicando que sobre a suspensão de recesso não há acordo.


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