domingo, 26 de julho de 2015

Para se contrapor a agenda negativa, Dilma programa ofensiva em agosto


NATUZA NERY (interina)

Tudo ou nada Dilma Rousseff fará em agosto uma ofensiva para demonstrar sustentação política, social e econômica. Intensificará viagens, anunciará programas e reforçará marcas populares do primeiro mandato. Por sugestão de Lula, a presidente se reunirá com todos os movimentos sociais próximos ao PT, fotografará ao lado dos governadores do país inteiro e retomará o “conselhão”, fórum do Planalto com empresários. Tudo para se contrapor a uma agenda de desgaste prevista para o mês.


Armadilha Além das manifestações oposicionistas de 16 de agosto, o Palácio tenta reagir ao julgamento das contas do governo no TCU e ao retorno do recesso parlamentar com diversas CPIs contra Dilma no forno do Congresso.

Desarme Na agenda prevista pelo Planalto aparecem ainda o lançamento do programa Jovem Aprendiz, que concede bolsas para estágios em empresas, e o anúncio da marca de 60 milhões de pacientes do Mais Médicos.

Chega, setembro “Precisamos combater o mês do cachorro louco”, diz um ministro de Dilma, referindo-se a eventos históricos ocorridos em agosto, entre eles as manifestações contra Collor e a morte de Getúlio Vargas.

Mão na massa O Planalto também convocou uma reunião com líderes da base aliada para o primeiro dia útil após o recesso parlamentar, em 3 de agosto. Dilma vai abrir a reunião pessoalmente, mas é Michel Temer quem deve conduzir a conversa.

Todo poderoso Auxiliares de Dilma avaliam que o destino das contas do governo no TCU “está nas mãos” de Renan Calheiros (PMDB-AL). Para o Planalto, o presidente do Senado poderia influenciar o voto de três ministros: Vital do Rêgo, Raimundo Carreiro e Bruno Dantas.

Sangue O Palácio deve acionar o ex-presidente Lula para tentar convencer a ministra Ana Arraes, de quem é próximo, a ficar do lado do governo na votação.

Sem digitais A bancada do PSDB na Câmara tentará disfarçar, mas vai “para cima do governo” em todas as votações patrocinadas por Eduardo Cunha contra o Planalto.

Caixa preta Os Correios estarão na mira da CPI dos Fundos de Pensão. A oposição está à procura de irregularidades na estatal.

Em alerta O Conselho de Administração da Petrobras fará em breve uma reunião extraordinária para discutir as flutuações no preço do petróleo e a disparada do dólar.

Vale este O plano de negócios da empresa foi elaborado com o valor médio do barril na faixa dos US$ 60, mas os preços têm ficado abaixo disso. As oscilações acenderam um sinal amarelo no comando da estatal.

Conta corrente A petroleira, a propósito, receberá mais um cheque de aproximadamente R$ 150 milhões da Operação Lava Jato. O dinheiro vem do bolso do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do ex-gerente Pedro Barusco, ambos delatores do esquema.

Vaso quebrado Não anda bem a relação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com o secretário-executivo da pasta, Tarcísio Godoy. Os dois andaram se estranhando. Apesar do distanciamento, integrantes do governo dizem que, por ora, Godoy fica.

Todo ouvidos O empresariado paulista está ansioso para ouvir o que Eduardo Cunha tem a dizer. O volume de inscrições para o almoço que o grupo Lide promove com o presidente da Câmara na segunda-feira é semelhante ao dos encontros com presidenciáveis em 2014.
Malhação O Planalto abriu licitação de R$ 49 mil para comprar equipamentos para treinamento físico dos seguranças de Dilma e Temer. São 60 bolas de futebol, futsal, basquete, tênis e vôlei, além de redes, apitos, halteres e colchonetes.

TIROTEIO

Mais uma vez tentam forjar provas contra Lula para impedi-lo de fazer política e de defender o nosso projeto para o Brasil.

DE RUI FALCÃO, presidente do PT, sobre supostas menções por parte de envolvidos na Lava Jato relacionando o ex-presidente a irregularidades.


CONTRAPONTO

A netinha do governador

Nascido em uma família muito religiosa, o governador paulista, Geraldo Alckmin, costuma lembrar que sua avó era devota fervorosa de São Geraldo.

Quando nasceu o primeiro filho dela, tio do tucano, recebeu o nome de José Geraldo. O segundo filho, pai do governador, foi batizado de Geraldo José.

Os dois irmãos seguiram a tradição familiar e também deram aos filhos o nome Geraldo. Na vez dos netos do governador, o tucano até tentou:
—Sophia, o que você acha de batizar minha neta de “Geralda”?—sugeriu, com um sorriso no canto da boca.

Ela não acatou o pedido, e deu à filha o nome de Alexa.

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POLÍTICA E ECONOMIA