sábado, 4 de outubro de 2014

Eleição do vaivém teve 4 cenários em 2 meses


Datafolha: na briga pela segunda vaga, Aécio aparece pela primeira vez à frente de Marina

No curto intervalo de dois meses, a disputa presidencial atravessou quatro cenários. E chega à beira da urna sem uma definição quanto ao candidato que medirá forças com Dilma Rousseff no segundo turno. O Datafolha e o Ibope informam que Aécio Neves e Marina Silva estão tecnicamente empatados. Pela primeira vez desde a morte de Eduardo Campos, em 13 de agosto, Aécio aparece numericamente à frente de Marina.

Conforme já comentado aqui, a ideia de “processo”, presente na história das eleições presidenciais brasileiras há mais de duas décadas, sofreu um abalo na sucessão atual. No momento, quem dita o ritmo da disputa é o “de repente.” E o ritmo se assemelha ao de uma gangorra.

Antes da tragédia da queda do jatinho, desenhava-se um cenário de reedição da disputa polarizada entre PT e PSDB, como ocorre desde a sucessão 1994. No primeiro movimento da gangorra, detectado pelo Datafolha dois dias após a morte de Campos, Marina foi alçada à segunda posição, um ponto acima de Aécio.

No segundo movimento, a gangorra empurrou Marina para um empate numérico com Dilma no primeiro turno. No segundo round, a substituta de Campos abriu dez pontos de vantagem sobre a presidente. A reeleição da candidate do PT parecia virtualmente ameaçada. Aécio despencou

Espancada no horário eleitoral do PT e criticada na propaganda do PSDB, Marina definhou lentamente. Num terceiro movimento, a gangorra devolveu Marina a patamares inferiores a 30%. Ela oscilava para baixo a cada nova sondagem eleitoral. Mas seus partidários imaginavam que o calendário a salvaria. Aécio não teria tempo para se recuperar.

Neste sábado, porém, a menos de 24 horas da eleição, a gangorra fez um quarto movimento. Aécio surge nas pesquisas dois pontos percentuais à frente de Marina. O quadro é de empate estatístico. Mas a curva de Aécio sobe. E a de Marina desce. Mantendo-se essa tendência… Em respeito ao “de repente”, é melhor não completar a frase. Aguarde-se a contagem dos votos.

Desde 1989 não se via uma disputa tão renhida pelo segundo lugar. Naquela ocasião, Lula foi ao segundo round contra Fernando Collor com uma dianteira de 454 mil votos sobre Leonel Brizola.

Comentário da blogueira: Depois de tanta indignidade, compra de pesquisa, agressões e mentiras por parte da presidente candidata, eu agora só acredito nas urnas, assim mesmo, com alguma reserva, posto que, não se pode  subestimar poder de  ilicitudes do PT. 

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