quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Advogado de Dirceu é barrado pela PF ao tentar visitá-lo em Curitiba

  Petrolão


O ex-ministro José Dirceu é preso pela PF em Brasília nesta segunda-feira (3), durante nova fase da Operação Lava Jato
05/08/2015 17h14
O advogado Juarez Cirino dos Santos, que impetrou um mandado de segurança contra a quebra de sigilo bancário e fiscal de José Dirceu, foi barrado na tarde desta quarta-feira (5) ao tentar visitar o cliente na sede da Polícia Federal em Curitiba.

"Encontraram um novo obstáculo para falarmos com o cliente. Agora os presos só podem receber um advogado por dia", afirmou o defensor à Folha.


Na tarde desta quarta, o ex-ministro já havia recebido a advogada Ana Luiza de Souza, que trouxe comida e roupas a Dirceu. Devido a isso, o outro criminalista não pode ver o cliente, conforme disse a Polícia Federal.

Santos afirmou que em março deste ano teve uma reunião com Dirceu em que ficou acertado que entraria com o mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para contestar as quebras de sigilo da empresa do petista, a JD Consultoria, e do próprio José Dirceu e de seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.




Os dois foram presos na segunda (3) na 17ª fase da Operação Lava Lato batizada de "Pixuleco". 

"Entendemos que a quebra de sigilo é ilegal porque não havia fatos concretos que a justificassem", criticou Santos. "Depois, surgiram as delações inconfiáveis por terem sido feitas em situações de pressão e coerção", emendou.



O mandado de segurança foi negado pelo TRF. O advogado entrou com um recurso em julho para que ele fosse julgado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).



De acordo com Santos, era sobre o andamento dessa medida que pretendia falar com Dirceu.



Questionado pela reportagem sobre a atuação de outro escritório na defesa do petista, o advogado dele nas ações da Lava Jato, Roberto Podval, afirmou que Cirino conduz um mandado de segurança. As demais ações continuam com o escritório de Podval.



ESQUEMA



Dirceu foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis pela criação do esquema de corrupção na Petrobras


Roberto Podval afirmou nesta segunda que os pagamentos recebidos pela empresa de seu cliente referem-se todos a serviços prestados. 
A prisão de Dirceu não tinha "justificativa jurídica", segundo o defensor, que a classificou como "política".
 
FOLHA

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