Num cenário que promete turbulências econômicas, o novo Congresso terá
que votar projetos com impacto direto no cotidiano da sociedade e ainda
se dedicar à saúde financeira de Estados, municípios e do governo
federal.
O governo vem adotando uma série de cortes de gastos e outras medidas de
impacto na economia que dependerão de aval dos congressistas.
A agenda econômica tem temas espinhosos como as mudanças na concessão de
benefícios trabalhistas e previdenciários e a política de valorização
do salário mínimo.
Faz parte a prorrogação de um mecanismo que permite à União gastar
livremente 20% das receitas de contribuições sociais (exceto
previdenciárias), a DRU (Desvinculação das Receitas da União).
Estados e municípios ainda pressionam senadores para a análise de
projetos que acabam com a guerra fiscal entre entes federativos.
As movimentações ocorrerão em meio às expectativas dos desdobramentos da
Operação Lava Jato, que apura os desvios na Petrobras. Em breve, a
Justiça deve revelar os políticos envolvidos.
Há ainda a ameaça da oposição e de parte da base governista de emplacar
uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, o que
ampliaria o desgaste da estatal e do governo.
A equipe de Dilma prefere restringir as investigações à Justiça para barrar um novo palco para a oposição.
Os congressistas também prometem votar reforma no sistema eleitoral, bandeira de Dilma no segundo mandato.
Na pauta social estão regras que mudam a relação patrões/empregados
domésticos. Já apreciado no Senado, texto que torna a corrupção crime
hediondo, resposta aos protestos de 2013, precisa de definição dos
deputados.
Em meio a novos protestos em capitais por causa do aumento de tarifa, o
passe livre no transporte público deve ser discutido. A medida ganhou
força em 2013, mas depois da desmobilização social, acabou na gaveta.
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POLÍTICA E ECONOMIA