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DivulgaçãoO projeto de Eduardo Luppi tem dois painéis verticais, sendo o da direita, de temperos
Basicamente, ter uma horta na varanda exige o plantio em vasos ou
floreiras e isso significa menor enraizamento da raiz e maior evaporação
da água, pois o sol e o calor aquecem as paredes dos recipientes.
Assim, dois cuidados são essenciais: regar mais as plantas e alocá-las
em recipientes com espaço suficiente para o correto desenvolvimento de
cada espécie. Porém, se o morador optar por vasos pequenos, ele
deverá estar ciente de que deverá substituir o tempero ou verdura com
maior frequência.
Nas varandas, a tendência é que o vento seja mais pronunciado, portanto
os vegetais escolhidos precisam ser mais resistentes a sua ação: o
alecrim, por exemplo, tem caules fortes e a cebolinha comum, tamanho
reduzido, facilitando o cultivo. Porém, o manjericão, que cresce
rapidamente, deve ser evitado, a não ser que seja bem protegido das
rajadas.
Ampliar
A
horta vertical, criada por Carlos Meyer, foi cultivada em uma estrutura
com três vasos de polieliteno que se encaixam em um suporte metálico. O
conjunto funcional, da Vasart (www.vasart.com.br), é uma boa opção para
quem possui pouco espaço, pois as espécies podem ser plantadas em
"andares" Leonardo Soares de Souza/ UOL
No entanto, não adianta começar a pensar em uma bela horta na varanda
se a sua não recebe, no mínimo, quatro horas de sol por dia. As plantas
privadas da incidência solar não se desenvolvem bem, seus caules ficam
finos e os ramos, alongados e frágeis. Como algumas espécies têm um
ciclo de vida reduzido, de seis meses a um ano, tende a ser necessária a
troca das mudas de tempos em tempos. Além disso, sempre que surgirem
folhas doentes, retire-as, para evitar a contaminação.
Como em canteiros no quintal, a terra para o cultivo deve estar sempre
úmida, mas bem drenada, para evitar o apodrecimento das raízes. Para
conseguir uma boa drenagem coloque pedaços de tijolos, cacos de telhas
ou brita seguidos por uma manta de drenagem ou areia grossa no fundo do
recipiente, antes de inserir a terra adubada. Por cima de tudo uma
camada de casca de pinus ajuda a manter a umidade do substrato. Dê
preferência, também, ao adubo orgânico, utilizado em pequenas
quantidades.
Vasos e suportes
O tipo de material do recipiente, seu formato e tamanho influenciam no
cultivo. Vasos acomodam melhor os temperos, que se reproduzem
rapidamente, enquanto as jardineiras são mais adequadas para verduras.
Os cerâmicos absorvem mais e melhor a água, mantendo a terra úmida e,
quanto maiores os recipientes, mais a terra demorará a secar.
Colocar os vasos no piso ou sobre bancos protege as plantas dos ventos,
enquanto os suspensos acabam sendo mais suscetíveis. Se a horta for
montada sobre bancos de madeira, aparadores ou escadas, o espaço é
economizado e o cuidado diário fica mais fácil. Os recipientes também
podem ser inseridos em caixas de madeira de tamanhos alternados, umas
maiores, outras menores, que criam barreiras extras contra o vento e o
frio. Esses caixotes funcionam como cachepôs e, se apoiados em bases com
rodízios, facilitam a limpeza do piso.
As hortas suspensas economizam espaço, mas devem ser posicionadas em
paredes que além de sol, recebam pouco vento. Use vasos de cerâmica
menores acoplados a essas estruturas. Alternativas são os leves, como os
de fibra de coco, resina ou PVC.
Tipos de hortas
As hortas podem ser aromáticas (ou de temperos) ou de verduras e
legumes. Existem condimentos que necessitam de menos luz, como a
hortelã, o tomilho, a salsa lisa e a cebolinha. E há espécies que
compartilham o espaço. Alecrim, manjericão e pimenta formam touceiras e
demandam vasos redondos e fundos, com profundidade entre 30 cm e 40 cm.
A hortelã, todavia, deve ser plantada sozinha, pois suas raízes são
muito agressivas e acabam por sufocar as de qualquer planta que se
avizinhe. No outro extremo está o orégano: como seu enraizamento é
modesto, pode ser alocado em vasos ou jardineiras menores, junto com o
tomilho e o louro. Já a manjerona é um tempero rasteiro e de fácil
cultivo, que se adapta bem aos recipientes rasos (de 15 cm a 20 cm).
A alface quer, pelo menos, cinco horas de sol por dia e boa circulação
de ar. O recipiente de plantio pode ser uma jardineira com
aproximadamente 20 cm de profundidade, 'cheinha' de substrato rico em
nutrientes, bem adubado. Sempre após a colheita, outra muda deve ser
plantada. A rúcula se desenvolve melhor em locais mais frescos; suas
raízes são pequenas e não necessitam de vasos grandes, 20 cm de
profundidade são suficientes.
Fontes: Eduardo Luppi, Gisele Fracari e Patricia Zambon, paisagistas.
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