O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, afirmou a colegas de partido que
respondeu a todas as perguntas feitas pela Polícia Federal e que não era
necessário que os agentes do órgão fossem até sua casa para levá-lo
para depor.
Em encontro da corrente petista Construindo um Novo Brasil, em Belo
Horizonte, Vaccari disse que estava disposto a prestar depoimento se
fosse convidado ou intimado, segundo a Folha apurou.
Ele negou que os policiais tenham pulado o muro de sua casa, embora a PF tenha divulgado vídeo com a cena.
Disse que, ao descer do piso superior de seu sobrado, na zona sul de São
Paulo, se deparou com os agentes. Vaccari relatou ter sido bem tratado
pelos policiais.
Carlos Villalba Racines - 5.fev.2015/Efe | ||
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixa a sede da PF em São Paulo após prestar depoimento |
O comando do PT considera fazer nesta sexta (6) um desagravo público ao
tesoureiro na festa de 35 anos da legenda, que será realizada na capital
mineira e deve ter a presença da presidente Dilma Rousseff e de seu
antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
A expectativa é que a reunião do diretório nacional, promovida antes da
festa, também seja marcada por manifestações de solidariedade.
O partido saiu em defesa do tesoureiro. "Não temos medo. Não aceitamos o
estigma da corrupção, somos um partido honesto, que cumpre as leis do
país e não vamos aceitar provocação", afirmou o presidente do PT, Rui
Falcão, segundo quem Vaccari "nunca pôs dinheiro no bolso".
Segundo a Folha apurou, a legenda não considera, pelo menos por
enquanto, o afastamento do petista da função de tesoureiro. Na avaliação
de um dirigente da sigla, o desligamento, mesmo que temporário, seria
cometer um prejulgamento.
"Não haveria nenhuma razão para não apoiar [Vaccari], já que ele vem
cumprindo suas tarefas com correção, transparência e lisura", afirmou
Falcão após encontro fechado com o comando estadual do PT de Minas
Gerais.
A aposta de dirigentes é que se repita nesta sexta a defesa feita ao
tesoureiro em novembro, durante encontro do partido em Fortaleza.
Um mês antes, veio à tona que ele havia sido citado pelo ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema de
desvios na estatal.
Com a afirmação do ex-gerente Pedro Barusco de que o PT recebeu até US$
200 milhões entre 2003 e 2013, com "participação" de Vaccari, o Planalto
acredita que as contas da sigla passaram a ser foco das investigações.
CRÍTICAS
Na reunião do Diretório Nacional do PT, dirigentes vão cobrar uma reação
do governo federal à crise na Petrobras para que então o partido possa
defender a presidente.
A queixa tem sido feita, em conversas reservadas, pelo ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu. Segundo relatos, ele diz que não é coerente o PT
não convocar a executiva nacional e produzir resolução para orientar os
militantes.
Procurada, a assessoria de imprensa de José Dirceu disse que ele não iria comentar.
O PT também vai criticar a atual política econômica e a derrota da
articulação política na Câmara. Os petistas, porém, dizem que não haverá
críticas externas à presidente para não constrangê-la.
Pela primeira vez desde que foi eleito presidente, Lula vai participar
da reunião do diretório nacional. Incomodado com o momento político, o
ex-presidente autorizou aliados, segundo a Folha apurou, a trabalhar por sua candidatura ao Planalto em 2018, desde que o movimento não seja atribuído a ele.
A articulação seria uma tentativa de fortalecer o partido num momento em
que o governo Dilma é acusado de omissão na defesa do PT.
AHAHAHAHAH!!! segundo Vaccari "nunca pôs dinheiro no bolso". Claro, no bolso não caberia tanta propina!
"...somos um partido honesto, que cumpre as leis do
país e não vamos aceitar provocação", afirmou o presidente do PT, Rui
Falcão.
De qual partido ele está falando mesmo? Do PT é que não é!
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