quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Conselho de Ética e Lava Jato ditam passos de Cunha



brasil em crise

Nos tempos pré-denúncia e pré-contas na Suíça, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 57, chegou a ser inflado por aliados e analistas -ele próprio considerou essa possibilidade- como um dos cotados a presidir a República a partir de 2019. Hoje o peemedebista tem um só objetivo, que pauta suas ações, algumas quase camicases: salvar o seu mandato e manter-se a salvo das carceragens que hoje abrigam alvos da Operação Lava Jato.


Embora repita nas entrevistas não acompanhar as sessões do Conselho de Ética e de agir de forma institucional na condução do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o roteiro de seus atos e o relato de aliados que fazem de seu gabinete um formigueiro humano apontam no sentido contrário.

Cunha negociou quase à luz do dia com oposição e governo sua salvação no Conselho de Ética apresentando como moeda de troca o impeachment, a sua "bala de prata".

Não se preocupou nem em disfarçar muito a retaliação à decisão do PT que, depois de muitas idas e vindas, decidiu lhe negar os votos no Conselho. Sacou de imediato um parecer que semanas antes negara existir e determinou a abertura do impeachment.

No Conselho, sua tropa de choque evita há quase dois meses que o processo saia do lugar, com abertas ações protelatórias. Cunha certamente atirou a sua bala de prata ao detonar o impeachment, mas a derrota de Dilma na votação inicial do pedido, a paralisia do Conselho de Ética e a destituição do ex-aliado e agora desafeto Leonardo Picciani da liderança do PMDB mostram que essa não era e não é sua única munição.


FOLHA

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