sábado, 1 de novembro de 2014

Atos contra Dilma e Alckmin fecham avenidas das zonas sul e oeste de SP




Dois protestos realizados na tarde deste sábado (1º) fecham vias das zonas sul e oeste de São Paulo.

Os atos têm motivações distintas: um em deles, que começou na avenida Paulista, os manifestantes pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e defendem até a intervenção militar para tirá-la do poder. Já o outro, em Pinheiros, tem como alvo o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a falta de água no Estado.

Convocado pelas redes sociais, o protesto da avenida Paulista começou por volta de 14h no vão do Masp. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2.500 pessoas participam da manifestação. Os presentes pedem o fim do PT, a volta dos militares e fazem ataques a referências comunistas.

Entre os participantes está o cantor Lobão e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do também deputado Jair Bolsonaro. Às 16h, os manifestantes deixaram a avenida Paulista e seguiram pela avenida Brigadeiro Luís Antônio.  

André Monteiro/Folhapress

Em Pinheiros, ativistas protestam contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o responsabilizam pela falta de água em SP
 

Esquerda contra Alckmin


O protesto de Pinheiros reúne cerca de 200 pessoas, segundo a PM --os organizadores estimam em 500 pessoas. Os manifestantes começaram a se reunir por volta de 15h no largo da Batata. Às 16h, saíram em passeata pelas ruas de Pinheiros, bloqueando a avenida Brigadeiro Faria Lima. O destino do ato é uma das sedes da Sabesp, que também fica no bairro.

O ato reúne jovens, sindicalistas e militantes de movimentos de esquerda como o Juntos!, do PSOL, Território Livre e Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre), ligada ao PSTU.

Os ativistas responsabilizam Alckmin pela falta da água e pedem a estatização da Sabesp. "É um absurdo tudo o que está acontecendo com a água da cidade", disse uma funcionária da Sabesp que não quis se identificar. Ela criticou o ato contra Dilma. "A manifestação da Paulista é contra a democracia." 

"Essa é a primeira manifestação unificada na cidade de São Paulo sobre a questão da falta de água. Vamos inaugurar uma jornada de manifestações para questionar o governo do Estado sobre a real dimensão da crise da água, porque nós temos visto vários bairros que estão tendo sucessivos cortes sem que a Sabesp informe. Está acontecendo uma campanha de desinformação da Sabesp", afirma o sociólogo Thiago Aguiar, de 25 anos, um dos integrantes do movimento.

Grupos carregam faixas com frases com questionamentos à Sabesp e críticas ao governador Alckmin. Uma delas dizia: "Alckmin acabou com a água e com a nossa paciência".

Dois grupos de maracatu estão tocando para os participantes e ensaiando gritos de guerra. Um deles fez uma paródia de uma tradicional marchinha de carnaval e os integrantes cantavam: "Se você pensa que São Paulo tem água, São Paulo não tem água, não. A culpa não é de São Pedro, a culpa é do Geraldão". Os manifestantes ainda estão concentrados no local e pretendem fazer uma caminhada pela região.

*Com reportagem de Fernando Couri e informações de Estadão Conteúdo

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Em atos pelo Brasil, manifestantes pedem saída de Dilma 12 fotos

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1º.nov.2014 - Manifestantes realizam ato para pedir o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Vagner Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo
UOL 


LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma

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