terça-feira, 25 de agosto de 2015

Na CPI da Petrobras, Youssef acusa aliado de Cunha de tentar intimidá-lo

Petrolão Pedro Ladeira/Folhapress
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (esq.) e o doleiro Alberto Youssef (dir.) na CPI
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (esq.) e o doleiro Alberto Youssef (dir.) na CPI

Durante acareação na CPI da Petrobras nesta terça-feira (25), o doleiro Alberto Youssef acusou diretamente o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de o estar intimidando e pressionando sua família. 


Youssef já havia, em audiência na Justiça Federal, chamado Pansera, sem citar seu nome, de "pau-mandado" de Cunha, por ter apresentado requerimentos para quebrar o sigilo e convocar suas duas filhas e sua ex-mulher

Na CPI, suas declarações causaram polêmica e provocaram discussões entre os parlamentares. Pansera havia afirmado no início da sessão que o doleiro cita seus familiares em seu acordo de colaboração e fez perguntas sobre uma troca de e-mails da doleira Nelma Kodama em que ela cita Youssef. 

Inicialmente Youssef não quis apontar o nome de quem considerava o estar ameaçando. "Eu acho que já ficou bem claro aqui que esse parlamentar não está aqui pra investigar assunto da Petrobras. Está aqui pra fazer insinuações, intimidações a respeito da minha intimidade, da minha família", afirmou o doleiro. 

Questionado pelo deputado JHC (SD-AL) se esse deputado estava na sala da CPI, o doleiro disse que sim. Depois, o próprio Pansera interviu: "Acho que ele tem que dizer o nome. Isso é sério". 

Ao que Youssef respondeu: "Olha, é Vossa Excelência [que está me intimidando]. É Vossa Excelência. Vossa Excelência sabe que minhas filhas nunca foram investigadas e que elas nunca participaram de nenhum esquema fraudulento ou tiveram contas fantasmas, ou qualquer coisa que seja, mas Vossa Excelência insiste nisso, insiste em me intimidar". 

Pansera respondeu dizendo que se sentiu "ameaçado" por "um bandido que já está aqui condenado". Youssef disse que ele não precisava se preocupar: "Não sou bandido". 

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) se manifestou em apoio a Pansera e pediu para assinar os requerimentos contra a família de Youssef. 

O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), também aliado de Cunha, interviu em defesa de Pansera e disse que a comissão tem a função de investigar. "Nem o senhor Alberto Youssef nem ninguém tem o direito de dizer que esta CPI não está cumprindo o seu papel." 

Depois, Pansera voltou a pedir a palavra e afirmou não ter nada de "pessoal" em sua atuação, mas apenas com o objetivo de investigar. 











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