quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Advogado da campanha de Gleisi recebeu R$ 7,2 mi de alvos da Lava Jato

 Responsáveis pela coordenação jurídica das campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em 2008, 2010 e 2014, escritórios do advogado Guilherme Gonçalves receberam R$ 7,2 milhões de empresas suspeitas de participarem do esquema de corrupção e pagamento de propina ligado à atuação da empresa de tecnologia Consist no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Segundo a investigação, os pagamentos suspeitos começaram após a assinatura de acordo de cooperação técnica entre o Ministério do Planejamento em 2010 - à época ocupado por Paulo Bernardo (PT-PR), marido de Gleisi -, a Consist e a Associação Brasileira de Bancos e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada.

Pelo acordo, a Consist passou a gerir o sistema de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento a partir dos dados de 2 milhões de servidores federais. A empresa era remunerada pelos bancos com uma parte da amortização mensal de cada empréstimo de funcionário público.

A tese do Ministério Público é que os cerca de R$ 53 milhões pagos pela Consist às empresas indicadas pelos operadores - o ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano (PT), preso hoje, e Milton Pascowitch - seriam, na realidade, propina pela prestação de serviços nos empréstimos consignados junto ao Ministério do Planejamento.

De acordo com investigadores da Operação Lava Jato, os pagamentos aos escritórios de advocacia foram feitos a pedido do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano (PT), preso hoje sob suspeita de ser um dos operadores do esquema que envolvia um sistema para a concessão de empréstimos consignados.

Segundo a investigação, o escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck Advogados recebeu R$ 4,65 milhão entre setembro de 2010 e janeiro de 2013 diretamente da Consist Software e R$ 423 mil entre janeiro e abril de 2012. Uma outra empresa do grupo Consist, a SWR Informática, realizou repasses que somaram R$ 1,2 milhão entre fevereiro de 2013 e janeiro do ano passado.

Com o desmembramento da sociedade de advogados, o especialista em direito eleitoral que assessorou as campanhas de Gleisi passou a atuar no escritório Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo Advogados recebeu R$ 957 mil entre maio de 2014 a março de 2015 da Consist Business Software a título de honorários advocatícios.

De acordo com os investigadores, a Consist pagou propina ao PT para ser beneficiada como operadora dos sistemas de empréstimo consignado, através de dois operadores indicados por João Vaccari Neto - Milton Pascowitch, que se tornou delator, e Alexandre Romano.

Uma das novidades da fase Pixuleco 2 da Operação Lava Jato foi a suspeita de que escritórios de advocacia poderiam estar sendo usados para escoar a propina.

Também foram alvos de busca os escritórios Oliveira Romano Sociedade de Advogados, do próprio Alexandre Romano, e o Portanova Advogados Associados, que recebeu R$ 270 mil entre janeiro e maio deste ano da Consist Business.

OUTRO LADO

A Folha ainda não conseguiu falar com Guilherme Gonçalves por telefone ou e-mail.

Por meio de assessoria, a senadora Gleisi Hoffmann disse que não existe nenhuma relação entre pagamentos da Consist ao advogado Guilherme Gonçalves e as suas campanhas eleitorais. Segundo a congressista, o advogado tem trabalhado em suas campanhas desde 2008 - muito antes da assinatura do acordo técnico entre a Consist e o Ministério do Planejamento.

Conforme a assessoria, Gonçalves, que já militou no PT, prestou assessoria jurídica às campanhas de Gleisi para prefeita de Curitiba (2008), ao Senado (2010) e ao governo do Paraná (2014). O advogado, frisou a assessoria, também trabalhou para outros candidatos e partidos.

Ex-sócio de Guilherme Gonçalves, o advogado Sacha Reck disse que vai comparecer espontaneamente à Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Reck, cujo atual escritório foi alvo de buscas nesta quinta, afirma não manter qualquer vínculo nem ter prestado serviços à Consit Software, SWR Informática e à Consist Business nem ao ex-vereador Alexandre Romano.

Em petição enviada ao juiz Sergio Moro, o advogado disse que, na antiga composição do escritório, havia uma clara divisão entre os sócios devido às especializações diferentes de cada um. As carteiras de clientes dos dois eram próprias de cada associado e não tinham comunicação, inclusive financeira, entre ambos. 



Minha fotoEstá chegando a hora do Canto do Cisne para os petistas... a cada momento sai o nome de um político petralha envolvido com a Lava Jato. O nome de senadorazinha do nariz empinado não é surpresa para ninguém. Mulherzinha enfadonha, bajuladora de Dilma e, para completar, é casada com o traíra do Paulo Bernardo que junto com o outro traíra José Pimentel, traíram seus colegas do Banco do Brasil ao assinarem a Resolução 26 que saqueia a nossa PREVI em 50% do nosso superávit.

Agora chegou a vez do casal falta o traidor mor: José Barroso Pimentel.


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