terça-feira, 21 de julho de 2015

Após Cunha reclamar, presidente do STF pede informações ao juiz Moro

Petrolão Pedro Ladeira - 20.jul.15/Folhapress
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defende saída do PMDB da base aliada do governo
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que defende saída do PMDB da base do governo
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, encaminhou um pedido de informações ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na Justiça Federal. 


O procedimento é protocolar e vai subsidiar o ministro a avaliar o pedido feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que questionou no STF atos de Moro. O Supremo ainda não divulgou o teor do despacho de Lewandowski. 

Na reclamação, Cunha pediu uma decisão provisória (liminar) para que o processo sobre suposta corrupção na contratação de navios-sonda pela Petrobras seja suspenso na Justiça do Paraná e enviado ao STF. Foi a Moro que o lobista Júlio Camargo citou propina de US$ 5 milhões a Cunha

Camargo, em tese, teria feito a mesma afirmação sobre ele à PGR. 

O argumento do presidente da Câmara é que o juiz feriu competência do Supremo ao investigá-lo, sendo que a Constituição garante que deputados só pode ser alvo de apuração no STF –o chamado foro privilegiado. 

Os advogados dizem que Sergio Moro induziu o lobista a implicar Cunha no caso. O parlamentar já é alvo de investigação no STF por suposta participação no esquema de corrupção na Petrobras. 

A defesa pede ainda que o Supremo determine a anulação de eventuais provas produzidas sob a condução de Moro. 

Respondem à ação penal questionada por Cunha no STF Camargo, o doleiro Alberto Youssef –os dois são delatores na Operação Lava Jato–, além de Fernando Baiano, considerado operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, e o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

POLÍTICA E ECONOMIA