Dirceu
chega à Vara de Execuções Penais para audiência com juiz que o liberou
para cumprir o restante de sua pena em casa, em regime aberto, em
novembro de 2014
O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, determinou a transferência do ex-ministro José Dirceu para um presídio comum na região metropolitana de Curitiba.
A ordem foi dada nesta quarta-feira (2), atendendo a um pedido da própria defesa do investigado.
Dirceu estava preso havia quase um mês na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, sede das investigações da Lava Jato. Por volta das 14h, ele seguiu para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde já estão outros 18 presos da operação.
Moro entendeu que a carceragem da PF, que tem seis celas e capacidade máxima de 18 pessoas, "não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".
Na PF, Dirceu dividia cela com o publicitário Ricardo Hoffmann. Passava a maior parte do tempo jogando baralho e lendo livros. Tinha direito a uma hora de banho de sol por dia e visitas uma vez por semana.
No novo presídio, ele ficará em uma ala reservada, onde estão os 18 presos da Lava Jato. Dividirá cela com outras duas pessoas, dormindo em camas de concreto.
Há uma pia e uma latrina no local, que é maior que a cela da PF. O chuveiro é coletivo.
Na terça-feira (1), o ex-ministro foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha, suspeito de receber dinheiro desviado de contratos do governo federal. O esquema teria movimentado R$ 59 milhões em propina.
Dirceu nega participação no esquema e diz que os pagamentos que recebeu de empreiteiras foram feitos por serviços de consultoria. Seu advogado, Roberto Podval, já classificou sua prisão como "política" e "sem justificativa jurídica".
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