Brasil em crise
Insatisfeita com as negociações que o governo tem travado com partidos
da base aliada, principalmente com o PMDB, na definição da reforma
ministerial, a bancada do PT no Senado convocou o ministro Ricardo
Berzoini (Comunicações) para uma reunião na noite desta segunda-feira
(28) para que ele esclarecesse como o Planalto irá abrigar o partido ao
final das negociações. O ministro, por sua vez, pediu "compreensão".
"Queríamos saber exatamente a quantas andam tanto a reforma ministerial, quanto a reforma administrativa e esse novo pacote de medidas cujo objetivo é obter o equilíbrio fiscal. E também dizer um pouco da nossa avaliação sobre qual deve ser o provável tratamento que será dado a esses temas", afirmou o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE).
De acordo com ele, os petistas demonstraram preocupação com o fato de que o partido perderá pastas importantes, como os ministérios da Saúde, comandado por Arthur Chioro, e das Comunicações, que tem à frente o próprio Berzoini. Outra reclamação é com a possível fusão de ministérios temáticos - Igualdade Racial, Direitos Humanos, e Políticas para as Mulheres - em uma única pasta, o ministério da Cidadania.
A pasta da Saúde foi oferecida pelo Planalto para o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que indicou o nome do Manoel Júnior (PB) para ocupar a vaga. Já Comunicações está sendo negociado com o PDT. No xadrez ministerial, Berzoini deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, com a atribuição de comandar a articulação política do governo, papel que tem desempenhado nas negociações ministeriais.
Apesar das críticas feitas, Costa minimizou a perda de espaço do PT na reforma ministerial. "Obviamente que nenhum de nós vai ficar satisfeito ao final se alguns ministérios estratégicos, como a Saúde, mudarem de mãos. Porém, entendemos que o momento agora é de construir a governabilidade. Fizemos ali um apelo no sentido de que se pudesse tentar outras alternativas, mas se não for possível vai caber o entendimento da nossa parte", disse Costa.
Questionado sobre quais alternativas poderiam agradar à bancada, o senador afirmou apenas que qualquer decisão cabe à presidente Dilma Rousseff, que retorna ao Brasil na madrugada desta terça-feira (29) após ter participado da reunião da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nos Estados Unidos.
"Aí é o governo que tem que encontrar [uma saída]. Apenas revelamos nossa preocupação com algumas mudanças. A extinção de alguns ministérios temáticos, a fusão em torno de um ministério só, fazendo com que algumas políticas fiquem agrupadas agora dentro do mesmo ministério. Sempre haverá alguem que vai discordar e se for essa a lógica que vai prevalecer, não haverá reforma nenhuma. Já estamos preparados para saber que poderemos perder alguma coisa", afirmou.
Diante das reclamações, Berzoini afirmou que é preciso ter "compreensão em momentos como esse". "Na política todo mundo quer não só manter seus espaços, mas ampliá-los –mas, evidentemente, quando se tem o processo de reestruturação, todos precisamos ter compreensão que o melhor desenho é aquele que contemple uma base parlamentar sólida e coesa e ao mesmo tempo um bom desempenho na gestão dos ministérios", disse.
Ao chegar ao Senado, antes de entrar na reunião, Berzoini afirmou que o PT "se sente muito bem representado no governo pela liderança, que é a maior do país, que é a presidente Dilma Rousseff". "Então, vamos ter tofas as condições de estruturar a presença do partido no governo de acordo com a correlação de forças nacionais e de acordo, principalmente, com os interesses maiores do país", disse.
FOLHA
"Queríamos saber exatamente a quantas andam tanto a reforma ministerial, quanto a reforma administrativa e esse novo pacote de medidas cujo objetivo é obter o equilíbrio fiscal. E também dizer um pouco da nossa avaliação sobre qual deve ser o provável tratamento que será dado a esses temas", afirmou o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE).
De acordo com ele, os petistas demonstraram preocupação com o fato de que o partido perderá pastas importantes, como os ministérios da Saúde, comandado por Arthur Chioro, e das Comunicações, que tem à frente o próprio Berzoini. Outra reclamação é com a possível fusão de ministérios temáticos - Igualdade Racial, Direitos Humanos, e Políticas para as Mulheres - em uma única pasta, o ministério da Cidadania.
A pasta da Saúde foi oferecida pelo Planalto para o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que indicou o nome do Manoel Júnior (PB) para ocupar a vaga. Já Comunicações está sendo negociado com o PDT. No xadrez ministerial, Berzoini deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, com a atribuição de comandar a articulação política do governo, papel que tem desempenhado nas negociações ministeriais.
Apesar das críticas feitas, Costa minimizou a perda de espaço do PT na reforma ministerial. "Obviamente que nenhum de nós vai ficar satisfeito ao final se alguns ministérios estratégicos, como a Saúde, mudarem de mãos. Porém, entendemos que o momento agora é de construir a governabilidade. Fizemos ali um apelo no sentido de que se pudesse tentar outras alternativas, mas se não for possível vai caber o entendimento da nossa parte", disse Costa.
Questionado sobre quais alternativas poderiam agradar à bancada, o senador afirmou apenas que qualquer decisão cabe à presidente Dilma Rousseff, que retorna ao Brasil na madrugada desta terça-feira (29) após ter participado da reunião da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nos Estados Unidos.
"Aí é o governo que tem que encontrar [uma saída]. Apenas revelamos nossa preocupação com algumas mudanças. A extinção de alguns ministérios temáticos, a fusão em torno de um ministério só, fazendo com que algumas políticas fiquem agrupadas agora dentro do mesmo ministério. Sempre haverá alguem que vai discordar e se for essa a lógica que vai prevalecer, não haverá reforma nenhuma. Já estamos preparados para saber que poderemos perder alguma coisa", afirmou.
Diante das reclamações, Berzoini afirmou que é preciso ter "compreensão em momentos como esse". "Na política todo mundo quer não só manter seus espaços, mas ampliá-los –mas, evidentemente, quando se tem o processo de reestruturação, todos precisamos ter compreensão que o melhor desenho é aquele que contemple uma base parlamentar sólida e coesa e ao mesmo tempo um bom desempenho na gestão dos ministérios", disse.
Ao chegar ao Senado, antes de entrar na reunião, Berzoini afirmou que o PT "se sente muito bem representado no governo pela liderança, que é a maior do país, que é a presidente Dilma Rousseff". "Então, vamos ter tofas as condições de estruturar a presença do partido no governo de acordo com a correlação de forças nacionais e de acordo, principalmente, com os interesses maiores do país", disse.
FOLHA
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