No discurso de abertura do ano de trabalho do Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada três vezes por deputados e senadores, principalmente da oposição, ao pedir a aprovação da proposta de recriação da CPMF e a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União).
Diante das vaias, Dilma recomendou aos parlamentares contrários à recriação da CPMF que "levem em conta dados, e não opiniões".
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) ergueu faixas com os dizeres: "O Brasil não aguenta mais você. Cai fora".
Dilma já pediu aos parlamentares ajuda para que o Congresso avance na análise de propostas que possam ajudar na recuperação da economia. A presidente citou a necessidade de se tomar medidas temporárias para atingir tal objetivo. Neste momento, ela citou a aprovação das duas matérias polêmicas e foi vaiada.
A presidente citou iniciativas governamentais aprovadas pelo governo federal no Congresso, como mudanças de regras no seguro desemprego e no abono salarial. Segundo ela, a visão do governo federal é "reformar para preservar programas sociais e investimentos" e a crise econômica é um momento "muito doloroso" para ser desperdiçado.
A presidente também afirmou que o governo federal irá melhorar a avaliação e o controle do gasto público neste ano e que, a mudanças na gestão pública feitas em 2015, reduziu em 8,3% o custo da máquina pública em termos reais, descontada a inflação.
Em defesa da recriação do tributo, a presidente pediu que deputados e senadores considerem a "excepcionalidade do momento". Para ela, a CPMF é uma "ponte necessária entre a urgência do curto prazo e a estabilidade em longo prazo".
"Sei que muitos têm dúvidas e se opõem a essa medidas. Os que são contrários ao imposto afirmam que a carga tributária no país tem crescido, mas o que tem se verificado é que as contribuições previdenciárias têm caído nos últimos anos", disse.
A presidente anunciou ainda que, além da prorrogação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), o governo federal irá propor a DRE e DRM, desvinculação de receitas a estados e municípios. "As três esferas de governo precisam de mais flexibilidade para gerir os orçamentos", defendeu.
"As medidas darão espaço necessário para administrar a politica fiscal até que as reformas de médio e longo prazo gerem seus efeitos", disse.
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POLÍTICA E ECONOMIA