terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Defesa de Eduardo Cunha planeja recurso à Corte Europeia de Direitos Humanos



Questão humanitária Na expectativa de que seja alvo de novos pedidos de abertura de inquérito, Eduardo Cunha estuda abrir outra frente de contra-ataque: apelar à Corte Europeia de Direitos Humanos. A estratégia, arquitetada por seus advogados, é argumentar no tribunal que o presidente da Câmara sofre perseguição política no Brasil por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Um advogado especialista em casos na corte internacional já foi acionado para avaliar o eventual recurso.



Estratégia dupla A equipe de Cunha acredita que poderia não só cessar a remessa de documentos, mas também abrir uma brecha para invalidar o uso de dados já remetidos ao país. Cunha reconhece a ação dos advogados, mas diz que ainda vai decidir se fará o recurso.
Melhor lá Entre as atribuições da corte, está a de garantir que indivíduos tenham um julgamento justo. Caso a tese de apelação seja aceita, a Suíça assumiria a investigação de Cunha. Lá, evasão de divisas e sonegação fiscal não são crimes.

Remédio O presidente do Senado, Renan Calheiros, esteve com Dilma Rousseff nesta segunda (1º). Avisou que colocará em votação, após o carnaval, duas medidas anticrise.

Autonomia No encontro, o peemedebista prometeu pautar o projeto que concede independência formal ao Banco Central, com mandatos não coincidentes com o de presidente da República para seus diretores. Hoje, o BC é visto pelo mercado como instituição submetida aos humores do Planalto.

Ajudinha Renan também antecipou que votará a proposta que libera a Petrobras da função de operadora única no pré-sal. O Planalto torce o nariz para as duas medidas.
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Inimigo íntimo Uma autoridade presente à sessão de abertura do ano judiciário no STF brincou ao ver Cunha ao lado do procurador-gera da República, Rodrigo Janot. “Eu me senti no filme ‘Dormindo com o inimigo'”, disse.

Subiu no telhado Uma resolução do TSE, de dezembro, pode embaralhar as eleições deste ano. Ela determina que partidos só poderão lançar candidatos à prefeitura se tiverem diretório municipal registrado na Justiça Eleitoral. Ocorre que muitas legendas, graúdas e miúdas, hoje não contam com a estrutura.

Gregos e troianos Luís Roberto Barroso (STF) informa que, na semana do julgamento sobre o rito do impeachment, recebeu não só emissários de Dilma em seu gabinete, caso de Luís Inácio Adams (AGU) e José Eduardo Cardozo (Justiça). O ministro também esteve com os oposicionistas Carlos Sampaio (SP) e Bruno Araújo (PE).

Munição Na retomada dos trabalhos no Congresso, deputados do PSDB querem apresentar múltiplos convites para ouvir Lula. Apesar da pouca fé no sucesso da operação, considerando que a tropa de choque do governo evitaria um depoimento do petista, tucanos admitem que o objetivo é “constranger” o ex-presidente.

Eu sou você Apontado pela Alba Branca como intermediário no repasse de propina para Fernando Capez, Jéter Rodrigues foi demitido em dezembro de 2014 do gabinete do tucano por ter falsificado uma assinatura do chefe.

Na torcida Desgastado pela investigação, Capez contou com uma claque de deputados na abertura do ano legislativo, nesta segunda (1º). Aliados foram à tribuna defender o tucano e dizer que são “absolutamente contra a CPI” que o PT pretende instalar na Casa.

Meia volta Após Datena desistir da Prefeitura de SP, o PP quer retomar a aliança para a reeleição de Fernando Haddad. Em novembro, quando ainda apostava no apresentador, o partido perdeu a secretaria municipal de Habitação.

TIROTEIO
Eu só faço o que acho certo, justo e legítimo. Ninguém me pauta. Nem o governo, nem a oposição, nem a imprensa.
DO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (STF), sobre o fato de se reunir com governo e oposição às vésperas da votação do rito do impeachment na corte.

CONTRAPONTO
Uma coisa, outra coisa
Em evento organizado para discutir mobilidade com apoiadores de sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo, há duas semanas, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) criticava a falta de planejamento da gestão Fernando Haddad (PT) ao estabelecer os novos limites de velocidade das vias da capital paulista.
Citou a avenida Jacu-Pêssego, na zona leste:
— Lá, baixaram a velocidade para 50 km/h. O que está acontecendo? Assalto e arrastões.
Em seguida, ironizou:
— Costuma-se dizer que Londres fez isso. Só que não somos nem anglo-saxões, nem aqui é Londres!

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