SÃO PAULO -
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), agência ligada ao Ministério da Fazenda encarregada de combater a lavagem de dinheiro no Brasil, apurou operações que movimentaram cerca de meio bilhão de reais envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandado da presidente Dilma Rousseff, Antonio Palocci, a ministra da Casa Civil no segundo mandato de Lula, Erenice Guerra, e do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também ministro na primeira gestão de Dilma e operador da campanha presidencial de 2010.
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), agência ligada ao Ministério da Fazenda encarregada de combater a lavagem de dinheiro no Brasil, apurou operações que movimentaram cerca de meio bilhão de reais envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Casa Civil no primeiro mandado da presidente Dilma Rousseff, Antonio Palocci, a ministra da Casa Civil no segundo mandato de Lula, Erenice Guerra, e do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também ministro na primeira gestão de Dilma e operador da campanha presidencial de 2010.
O Coaf, diz a publicação, investigou as movimentações bancárias e aplicações financeiras de 103 pessoas e 188 empresas ligadas aos quatro petistas. O relatório, de número 18.340, foi concluído no último dia 23 e enviado à CPI do BNDES. As informações são da reportagem de capa da edição desta semana da revista Época, que teve acesso ao relatório.
Segundo o documento, somente as transações envolvendo os quatro petistas representariam cerca de R$ 300 milhões. Palocci teria movimentado na conta corrente de sua empresa de consultoria, a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira Ltda, R$ 185 milhões. Entre os clientes da Projeto está a Caoa, montadora dos veículos coreanos Hyundai, suspeita de comprar a aprovção de medida provisória que a beneficiaria.
Teriam passado pelas contas da empresa de palestras de Lula cerca de R$ 52,3 milhões, além de duas operações que o Coaf considera suspeitas, por envolver "movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira do cliente". As operações seriam a compra de dois títulos de previdência privada em maio e junho de 2014, que totalizam R$ 6,2 milhões.
No caso de Pimentel, as suspeitas recaem sobre depósitos em dinehiro vivo dois meses após a eleição de 2014 (quando se tornou governador de Minas), e saque de R$ 150 mil em dinheiro vivo em um banco de Belo Horizonte, além de duas empresas ligadas a sua família terem movimentado quase R$ 2,5 milhões.
Erenice, por sua vez, realizou operações financeiras no valor entre R$ 26,3 milhões entre 2008 e 2015, parte dessas movimentações feitas em contas de terceiros, informa a revista, citando o relatório do Coaf.
Outro lado
Conforme a reportagem, a assessoria de imprensa do Instituto Lula não respondeu objetivamente às questões levantadas pela revista e os advogados do ex-presidente não iriam responder antes e ter acesso aos documentos. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que "não há relação alguma entre o serviço prestado pela Projeto para a Caoa e a aprovação de medidas provisórias". Os advogados de Pimentel afirmaram que o governador apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações forem disponibilizadas nos autos do inquérito e que desconhecem a origem e o conteúdo dos documentos. Erenice disse que não fala com a imprensa.
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