sábado, 14 de novembro de 2015

PF apura apreensão de armas em área próxima a acampamento anti-Dilma

brasil em crise


Pedro Ladeira - 30.out.2015/Folhapress
Manifestantes pró-impeachment estão acampados há cerca de três semanas em frente ao Congresso
Manifestantes pró-impeachment estão acampados há cerca de três semanas em frente ao Congresso
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou na noite desta sexta (13) que a Polícia Federal investigue a apreensão de armas e a prisão de uma pessoa que estava próxima no acampamento de integrantes de movimentos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na noite de quinta (12), um homem foi detido com uma arma de fogo e diversas armas brancas escondidas no carro. Apesar das providências tomadas pela Polícia Militar do Distrito Federal, Cardozo atendeu a um pedido do líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC) e colocou a PF no caso.

"O ministro determinou que a PF tome as providências cabíveis para averiguação do ocorrido, e aguarda informações de providências adotadas", conforme informou a assessoria do ministério.

O deputado petista divulgou, na tarde desta sexta, uma "nota de repúdio" em nome da bancada da Câmara na qual também pede a retirada dos manifestantes contrários à Dilma do gramado do Congresso. O texto veio à público após um princípio de confusão na manifestação de sexta (13) dos grupos de esquerda que passaram pelo local.

"Manifesto o mais mais veemente repúdio às movimentação de segmentos refratários à democracia que atentam contra a normalidade constitucional ao tentarem interromper a qualquer custo o mandato da presidente Dilma Rousseff".

Sibá disse considerar a permanência dos grupos no local "temerária" e afirmou que os grupos "representam uma inconteste ameaça a qualquer pessoa que eventualmente circule nas áreas adjacentes aos acampamentos".

Além de pedir investigações das Polícias Federal e Civil ao Ministério da Justiça e ao Governo do Distrito Federal, respectivamente, Sibá solicitou que o presidente do Congresso, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "façam cumprir a resolução que proíbe acampamentos no grama à frente da sede do Legislativo".

Uma norma conjunta das Mesas das duas Casas não autoriza qualquer instalação nas imediações do Congresso. Contudo, Cunha afirma ter permitido o acampamento do grupo pró-impeachment de Dilma por não representar riscos para a população. 



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