sábado, 14 de novembro de 2015

Auxiliares de Dilma pedem a cabeça de Joaquim Levy sem aval da presidente


Começar de novo Auxiliares de Dilma que bombardearam esta semana o titular da Fazenda, Joaquim Levy, não tiveram respaldo da presidente da República ao pedirem a cabeça do ministro. Apesar de darem data para sua saída, o chefe da equipe econômica ainda pode permanecer no cargo, desde que encontre um discurso que lance algum otimismo com o futuro. Como a petista ainda não tem um nome para o posto, Levy conta com algum tempo para reescrever a sua história à frente do ministério.


Siameses Petistas dizem que Levy e Henrique Meirelles saíram do mesmo ventre econômico. Ambos defendem um ajuste duro para resgatar a credibilidade. Mas o segundo, sem o compromisso do cargo, tem ensaiado um discurso mais otimista.

Ponta do lápis Um ministro palaciano brinca: “A mudança pode não ser ‘seis por meia dúzia’, mas está mais para ‘seis por sete’ do que ‘seis por uma dúzia inteira'”.

Moeda 1 Dados da Fazenda mostram que, apesar das críticas, o Tesouro Nacional liberou, neste ano, operações de crédito de Estados e municípios. Os empréstimos com credores internos somaram R$ 3,8 bilhões –R$ 1,05 bilhão com garantias da União.

Moeda 2 Já as operações em dólares deferidas por Joaquim Levy somam US$ 225 milhões, em benefício de um Estado, o Espírito Santo.
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Gordura localizada De Samuel Moreira (PSDB-SP), membro da Comissão de Orçamento, sobre a tentativa de abater gastos do PAC da meta de superavit: “É como o sujeito que faz regime, mas diz que o que ele engordar comendo doce não conta na balança”.

Quem sabe… O setor produtivo avalia que o Planalto precisa aproveitar a inflexão nos pedidos de impeachment para apresentar sua agenda.

… faz a hora A percepção de membros do governo que dialogam com o setor privado é que, com garantias reais de que reformas estruturantes vão sair do papel, empresários aceitariam parte do ajuste com menos resistência.

Cada um… A decisão do órgão que representa os corregedores de Justiça de realizar um encontro de trabalho em um resort nos lençóis maranhenses contrariou a ministra Nancy Andrighi, do Conselho Nacional de Justiça.

… no seu quadrado A corregedora nacional mandou avisar à anfitriã, desembargadora Nelma Sarney, que não vai ao evento. Para ela, o encontro deveria acontecer no próprio Judiciário. Diz que a escolha de um resort é “inadequada” e dá “margem para ilações sobre os reais objetivos do conclave”.

Outro lado A organização respondeu com ofício lamentando a ausência da ministra. Diz que o objetivo do evento é o aprimoramento das atividades da categoria.

Novo round 1 O TCU deve impor mais um revés ao governo Dilma, ao emitir, esta semana, relatório contrário à criação do Registro Civil Nacional, projeto do Executivo que pretende reunir todos os documentos em uma só carteira.

Novo round 2 No parecer, o TCU critica “o alto custo financeiro” da criação do registro, estimado em R$ 2 bilhões, e “a possível dificuldade técnica” de implantação.

Tapas e beijos A bancada do PSDB discutiu a possibilidade de literalmente virar as costas para Eduardo Cunha em plenário. A ideia deve voltar a ser debatida.

Digitais A Central de Movimentos Populares, que reúne entidades ligadas ao PT, apoia a invasão de escolas públicas paulistas, em protesto à proposta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de reorganização do ensino.

Bases Em comunicado, a CMP diz estar “mobilizada com professores, funcionários, pais e alunos” contra “essa política que visa enfraquecer a educação pública”.

TIROTEIO
Ingratas e injustas as críticas de Haddad a Marta. Do ponto de vista administrativo, perto dele, ela é um verdadeiro Bismarck.
DO SENADOR JOSÉ SERRA (PSDB-SP), sobre o chanceler alemão, considerado grande administrador, e os ataques do prefeito à senadora em entrevista.

CONTRAPONTO
Se eu fosse você
Em 2012, na véspera do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, Gilberto Kassab, então prefeito de São Paulo, esteve no Autódromo de Interlagos para uma visita oficial antes da corrida. Assim que chegou, deparou-se com o apresentador Otávio Mesquita.
–Oi Amaury, tudo bem? –perguntou Kassab.
–Tudo, Erundina –respondeu o apresentador.
A conversa prosseguiu e, depois de ser chamado de Erundina mais algumas vezes, Kassab soltou:
–Ô, Amaury, por que está me chamando de Erundina?
–Ué, se você me chama de Amaury, por que não posso chamá-lo de Erundina?


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POLÍTICA E ECONOMIA