petrolãoMastrangelo Reino - 25.mar.2011/Folhapress |
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O executivoSalim Schahin, 75 |
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na
Justiça do Paraná, homologou nesta terça-feira (17) o acordo de delação
premiada de um dos acionistas do grupo Schahin, o executivo Salim
Schahin, 75 anos.
No acordo, segundo a Folha apurou, Salim foi condenado a pagar uma multa de cerca de R$ 1,5 milhão e não terá que usar tornozeleira eletrônica.
Como revelou a Folha na segunda (16), Salim assinou, na semana
passada, um acordo de colaboração com a Força Tarefa de Curitiba. Em
depoimento aos procuradores, ele relatou que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva teria dado aval para que o grupo conseguisse um contrato para operar o navio-sonda Vitória 10.000 com Petrobras, de US$ 1,6 bilhão.
Segundo o acionista, o contrato foi uma compensação em troca do perdão de uma dívida que o PT tinha com o banco Schahin.
O empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, foi quem
mencionou o apoio de Lula a executivos do grupo durante as negociações
para livrar o PT da dívida, segundo o depoimento de Salim Schahin. A
dívida era decorrente de um empréstimo pego em nome do próprio Bumlai,
em 2004, mas direcionado ao PT, no valor de R$ 12 milhões.
Salim Schahin era o acionista responsável pelo Banco Schahin enquanto o
irmão Milton, o outro controlador das empresas do grupo, responde pela
área de engenharia e petróleo.
Em 2011 o controle do banco foi transferido para o BMG. O Grupo Schahin
apresentou à Justiça apresentou em maio um pedido de recuperação
judicial.
Procurado pela Folha, o advogado Rogério Taffarello, que defende Salim Schahin, disse que não fará comentários sobre acordo de delação.
O Instituto Lula tinha informado à Folha na segunda que não se
pronunciaria sobre a citação do ex-presidente no depoimento de Salim
Schahin aos procuradores. Por meio de sua assessoria de imprensa, o
instituto afirmou que "não comenta supostos documentos ou vazamentos dos
quais não tem conhecimento e nem a certeza de que existem".
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