sexta-feira, 1 de abril de 2016

Por apoio, Dilma telefona a Edir Macedo e Planalto busca ponte com católicos

Por Painel

Igreja e Estado Em busca de votos contra o impeachment, o Planalto passou a recorrer até a denominações religiosas com influência na Câmara. Na semana passada, Dilma Rousseff telefonou a Edir Macedo, líder da Igreja Universal, pedindo ajuda com a bancada do PRB, que rompera com o governo. O bispo não embarcou na ideia, mas prometeu “orar por ela e pelo país”. Nesta quinta, Gilberto Carvalho foi acionado para interceder junto a parlamentares ligados à Igreja Católica.

Vai faltar cargo O PMDB, sob um eventual governo Temer, reduzirá o número de ministérios. Há uma proposta de um importante aliado do vice-presidente de enxugar a estrutura da Esplanada em mais de dez pastas.

#ListadaDilma O governo degola mais um homem de Michel Temer. Roberto Derziê, vice-presidente da Caixa tido como da cota do vice, deve ser exonerado do cargo nesta sexta-feira (1º).

Ninguém tem A oposição ainda não atingiu os 342 deputados necessários para derrubar a presidente da República.

Última hora Políticos experientes fazem o seguinte prognóstico: o destino de Dilma Rousseff deve ser decidido apenas nos dias imediatamente anteriores à votação.

Gato escaldado O governo conseguiu respirar nas últimas 48 horas. A semana terminará com saldo positivo se o mundo da Lava Jato seguir em calma relativa. Quem acompanha a crise lembra que as operações costumam ocorrer às sextas.

Abaixo da cintura O PMDB ameaça deputados do PP dizendo que, se a sigla deixar o impeachment, haverá representação no Conselho de Ética ou na Corregedoria contra os citados na Lava Jato.

Calma, cocada Apesar das recomendações de pressa, o Planalto não deve fechar o novo ministério até sexta. Primeiro porque seis ministros do PMDB ainda não saíram. Segundo porque não dá para cobrir um santo e descobrir outro. “Não podemos errar agora”, diz um palaciano.

Olho grande O PP pediu e pode levar o Ministério da Saúde ou da Agricultura, ambos com o PMDB. Helder Barbalho, titular de Portos, estaria garantido no cargo. Nas contas do Planalto, ele tem votos para entregar.

Rei posto? Sidônio Palmeira, marqueteiro próximo de Jaques Wagner, tem dado as caras no Planalto. Com João Santana fora de combate, há espaço para um estrategista novo.

Pisando em ovos Lula preferiu não ir à manifestação em Brasília. Não queria estar na rua no momento do julgamento do STF. Temia que o gesto fosse encarado como afronta.

Pausa Dilma vai dar um tempo nos atos políticos no Planalto. Quer mostrar que o governo está governando e se concentrar nos votos do Congresso.

Veneno Diplomatas reclamam do embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva. Dizem que sua animação com um eventual governo Temer está dando na vista.

diario

Diário da crise Renata Abreu, vice-presidente do PTN, sofre pressão de ativistas pró-impeachment. O MBL diz que ela não escreveu em seu diário que se vendeu ao PT. A dirigente mantém o site “Diário de uma deputada federal”.

Fora de área O movimento Vem pra Rua também divulgou o número de telefone da congressista.

Sentiu a pressão? Os ativistas não gostaram das negociações do PTN com o governo. A sigla soltou nota a favor do impeachment. Mas nove deputados prometem votar com Dilma.

É meu O PSB deve fechar em breve o apoio à candidatura de João Doria (PSDB-SP).


TIROTEIO
Além de descumprir a ordem do partido, esses ministros vão passar a vergonha de ser enxotados por uma presidente prestes a cair.

DO DEPUTADO CARLOS MARUN (PMDB-MS), sobre os ministros da sigla que tentam permanecer na Esplanada apesar da decisão de romper com Dilma.

CONTRAPONTO

Esse fala a nossa língua
Na terça (29), empresários lotavam as mesas do salão da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em almoço promovido pela entidade, em Brasília.

O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) se preparava para subir ao palco e discursar, quando um dos convidados puxou outro e perguntou ao pé do ouvido:

— Quem é aquele moço ali?
Ao ouvir que se tratava de Roberto Azevêdo, há quase três anos no cargo, disparou:

— E ele é brasileiro? Que maravilha! Precisamos conversar mais com ele!



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