sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Gilmar pede investigação de empresas que atuaram na campanha de Dilma

O ministro do STF, Gilmar Mendes, durante entrevista em seu gabinete à Folha Leia mais

Vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Gilmar Mendes enviou nesta sexta-feira (26) um pedido para que sete empresas que prestaram serviços para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) sejam investigadas em várias frentes, como Ministério Público Federal e Polícia Federal.

Entre os alvos estão prestadoras de serviço que receberam cerca de R$ 23 milhões dos cofres da campanha petista por atividades principalmente na área de publicidade.

O pedido de investigação envolve as empresas: Mariana Produtos Promocionais Ltda, Rede Seg Gráfica e Editora, Vitor H G de Souza Design Gráfico ME, Marte Ind. e Com. de Artefatos de Papéis Ltda, Francisco Carlos de Souza Eirelli, Door2Door Serviços Ltda e DCO Informática.

Os dados serão enviados para o Ministério Público Federal e de São Paulo, secretaria da Receita Federal, Secretaria de Fazenda de São Paulo, Coaf (Conselho de Administração de Operações Financeiras) e Polícia Federal.

O ministro atendeu a pedido do PSDB que apontou indícios de "irregularidade e ilegalidade na contração e pagamento efetuado a empresas" que atuaram na campanha à reeleição.

Segundo o partido, "essas empresas não possuem capacidade operacional para prestar os serviços avençados pela campanha do PT, bem como evidências de que as empresas aparentemente "de fachada" foram contratadas por valores exorbitantes e desproporcionais" .

O pedido do PSDB foi apresentado no processo de prestação de contas de Dilma, no qual Gilmar Mendes foi relator, em 2014.

As contas da campanha à reeleição de Dilma foram aprovadas em 2014, mas Gilmar determinou na ocasião que as autoridades continuassem investigando suspeitas de ilícito.

Mesmo com a aprovação, ao longo do ano passado, o ministro enviou ao MP e a PF pedidos de apuração de possíveis irregularidades na campanha à reeleição da presidente. A PF chegou a abrir inquérito e analisar suspeitas.


Nesse inquérito, são apuradas eventuais ilegalidades encontradas também na prestação de serviço de empresas contratados pela campanha, entre elas a Focal Confecção e Comunicação. Conforme a Folha revelou, a Focal, que oficialmente está em nome de um motorista, foi a segunda empresa que mais recebeu da campanha.

Também foram acrescentas informações descobertas pela Operação Lava Jato para sustentar o a instauração do inquérito. Ele lembra elementos que que apontam para eventuais pagamentos de propina em forma de doações eleitorais. 







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