quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Delcídio cita ministros do STF em tentativa de "ação espúria" junto à Justiça, diz Janot

 O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso nesta quarta-feira (25) sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, disse a Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que já tinha falado com o ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), tentando convencer o magistrado a conceder habeas corpus para que o ex-executivo saísse da prisão.

O parlamentar afirmou ainda que tinha conversado também com o ministro Dias Toffoli e que procuraria outro magistrado, Edson Fachin, para defender a libertação de Cerveró.

Afirmou ainda que pediria ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e ao vice-presidente Michel Temer que fizessem "interlocução" com um quarto integrante do STF, o ministro Gilmar Mendes. Leia a íntegra dos diálogos

Bernardo Cerveró gravou a conversa, que ocorreu num encontro que ele manteve com Delcídio e com o advogado de seu pai, Edson Ribeiro, no hotel Royal Tulip, em Brasília, no dia 4 de novembro.

"Nesse encontro, o primeiro assunto foram as possibilidades de que Nestor Cerveró viesse a ser posto em liberdade por meio de habeas corpus. O senador Delcídio Amaral relatou sua atuação –espúria ante o fato de não ser advogado e do patente conflito de interesses, mas em linha com sua promessa reiterada de interceder junto ao Poder Judiciário, perante ministros do STF em favor de Nestor Cerveró, informando haver conversado com Vossa Excelência [Teori Zavascki] e com o ministro Dias Toffoli. Revela, ainda, a firme intenção de conversar com o ministro Edson Fachin, bem como de promover interlocução do senador Renan Calheiros e do vice-presidente Michel Temer com o ministro Gilmar Mendes", descreve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no texto em que pede a prisão de Delcídio Amaral. 


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