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sábado, 12 de dezembro de 2015

Países assinam acordo inédito para conter aquecimento global



Demonstrators dressed-up as polar bears take part to a rally called by several Non Governmental Organisations (NGO) to form a human chain on the Champs de Mars near the Eiffel Tower in Paris, on December 12, 2015 on the sidelines of the COP21, the UN conference on global warming. French hosts submit the final version of a global climate-saving pact to negotiators at UN Conference on december 12. The goal is for ministers to approve the agreement by the end of the day but that could be extended one more day. / AFP / FRANCOIS GUILLOT ORG XMIT: FG5931
 
A COP21 (conferência do clima da ONU) aprovou neste sábado (12) em Paris o acordo que obriga pela primeira vez todos os países signatários da Convenção do Clima (1992) a adotar medidas de combate ao aquecimento global. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Fotojornalista Sebastião Salgado propõe fundo para recuperação do Rio Doce

Instituto Terra/Divulgação

LÉLIA E SALGADO - Fotojornalista mundialmente conhecido falou com presidente nesta terça-feira (13)

Publico matéria recebida da amiga mineira
Isa Musa de Noronha

O fotojornalista Sebastião Salgado antecipou a vinda ao Brasil para se inteirar da tragédia ambiental em Mariana cuja lama atinge a bacia do Rio Doce. Nesta sexta-feira (13), Salgado encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para discutir propostas para recuperar a área, incluindo a criação de um “fundo” subsidiado pelas empresas responsáveis pelo desastre para recuperação das áreas.

Vagões de água chegam em Valadares contaminados com querosene

 13/11/2015 18:33 - Atualizado em 13/11/2015 18:33 
 

Leonardo Moraes
Trem
O que era para ser um alento provocou revolta e frustração dos moradores de Governador Valadares, região Leste de Minas. O primeiro carregamento de água, com 300 mil litros captados na vizinha Ipatinga e levados de trem para o município, chegou contaminado com querosene.

sábado, 14 de novembro de 2015

Barragem de Germano tem trinca de cerca de 3 metros, dizem bombeiros

ALERTA! Após o rompimento das barragens de Fundão e Santarém, em Mariana-MG, fica o alerta para a barragem de Germano-MG,  já oferece riscos.

Samarco disse que inspeção da empresa não identificou trinca na estrutura.
‘Qualquer pequena fissura agora é muito grande’, afirmou o prefeito.

Raquel Freitas e Pedro Ângelo Do G1 MG, em Mariana
Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do Fundão e Santarém em Mariana, na Região Central de Minas. (Foto: Raquel Freitas/G1) 
Barragem Germano é monitorada após rompimento das duas barragens, em MG. (Foto: Raquel Freitas/G1)

O coordenador das operações do Corpo de Bombeiros em Mariana, major Rubem Cruz, afirmou ao G1 nesta sexta-feira (13) que existe uma trinca no dique da barragem de Germano, onde intervenções são feitas desde a terça-feira pela Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP. Thiago Miranda, capitão da corporação, informou que o dano na estrutura tem cerca de três metros de comprimento. O problema no dique foi identificado por um drone, segundo o militar. A barragem de Germano, a maior entre as três que compunham o sistema de rejeitos
 

O ESTADISTA DE BAIXO GUANDU




Esta matéria só vem a confirmar o que todos nós e o mundo já sabe: Dilma é um fantoche. Estamos órfãos de Pátria. Essa catástrofe nós mostra o quanto é assustador nossas vidas permanecerem entregues à mãos tão desumanas e irresponsáveis. A VALE para ela vale mais que as vidas levadas dentro do mar de lama. Enquanto a VERDADEIRA lama está à salvo, guardada dentro de palácios cercados de lagos límpidos, cercados de jardins, palco de passeios ciclísticos matinais e eventos regados à mordomias inimagináveis bancadas com o dinheiros do povo incrédulo e abandonado  após acreditar em discursos eleitoreiros MENTIROSOS.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Editorial: Monstro marinho

É aprazível a vista do mar, dizia Lucrécio, para quem, no cais, está a salvo das tribulações e tormentas. 


Os clássicos versos do poeta latino ganham nova e bizarra pertinência nestes dias, quando se divulgam os resultados de uma abrangente pesquisa sobre a poluição dos oceanos, no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em San Jose, na Califórnia. 


Invisível para quem, da praia, contempla o horizonte –mas capaz de enredar baleias em seu lençol tóxico–, o plástico que se acumula na superfície dos mares vai assumindo dimensões gigantescas. 


A cientista Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia, soube traduzir de forma vívida a extensão do problema. Para cada metro de praia, joga-se nos oceanos o equivalente a 18 sacolas de supermercado cheias de produtos plásticos. 


Esse lixo nem sempre volta ao litoral de onde foi despejado. Levado pelas correntes, dá origem a uma extensão redemoinhante de polímeros a 1.600 km do Havaí. 


Esse verdadeiro monstro marinho, a que se deu o nome de Grande Mancha de Lixo, possui uma área calculada em 1 milhão de quilômetros quadrados –quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo. 


No outro extremo da escala, ficaram conhecidas as fotos de filhotes mortos de albatroz no oceano Pacífico: traziam na carcaça os resíduos plásticos com que tinham sido alimentados pelos pais. De baleias a micro-organismos, exemplares de toda a fauna marinha parecem ter sido expostos à silenciosa violência desse inimigo químico. 


Inimigo humano, a bem dizer. São 8 milhões de toneladas de plástico despejadas anualmente nos mares. A pesquisa divulgada pela AAAS incide de modo específico sobre o ano de 2010. A previsão é que essa quantidade se multiplique por dez até 2025.

São poucas as propostas para corrigir o problema. No máximo, e já não parece um cenário dos mais prováveis, haveria de ser desencadeado um esforço internacional para reduzir o fluxo dos detritos. 


Enquanto isso, a grande mancha flutua, como se fosse a versão de pesadelo da história de José Saramago, "O Conto da Ilha Desconhecida". Na ficção do Nobel português, a jangada de um viajante utópico assumia, aos poucos, a forma da ilha que ele sonhava descobrir. 

Na realidade, a forma de nossos tantos sonhos triviais de consumo se resolve em lixo –e o país de plástico se estende, como uma mortalha indestrutível, pelos quadrantes mais remotos do mar.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Mais de 600 objetos espaciais reentraram na atmosfera em 2014

  • Nasa
    Em 5 de dezembro de 2014, a cápsula Orion fez seu primeiro voo de rápida duração e pousou no Oceano Pacífico Em 5 de dezembro de 2014, a cápsula Orion fez seu primeiro voo de rápida duração e pousou no Oceano Pacífico
Mais de 600 objetos como satélites fora de serviço, estágios de foguete e outras peças espaciais reentraram na atmosfera em 2014. O montante significa 100 mil quilos de lixo espacial que, felizmente, não causaram vítimas ou danos materiais. A informação foi divulgada pela agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, na 52ª reunião do Subcomité Científico e Técnico do Comité de Espaço das Nações Unidas (Copuos), que se encerrou na sexta-feira (13) em Viena, na Austria.
A queda de lixo espacial foi maior em 2014 do que em anos anteriores em função do pico de atividades solares, o que significa que a atmosfera terrestre se expandiu, causando a "captura" de instrumentos inativos, que de outra forma continuariam em órbita.
O efeito solar provocou uma leve redução no número de fragmentos que medem 10 centímetros de diâmetro ou mais, que giram em órbita baixa, segundo informou a Nasa. Embora tenha reduzido o número de objetos no espaço, a quantidade de lixo espacial, que resulta das atividades desenvolvidas por vários países continua aumentando, chegando a mais de seis mil toneladas no final do ano passado. O volume era de cinco mil toneladas em 2005.
O encontro em Viena é uma oportunidade para que as agências espaciais avaliem as ações e tecnologias que estão adotando com vistas a diminuir o acumulo de lixo ao redor do planeta. Holger Krag, chefe do escritório de Resíduos Espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA), disse existir um grande número de satélites em órbita, que não são dotados de propulsores para voltarem à Terra e que estão abandonados há 25 anos.
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Explosão do Challenger completa 29 anos. O que você sabe sobre o ônibus espacial?9 fotos

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O ACIDENTE - O Challenger explodiu 73 segundos após seu lançamento, em 28 de janeiro de 1986. Sete astronautas morreram diante de milhares de pessoas que acompanharam sua decolagem pelo Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e pela televisão Bruce Weaver/AP

UOL

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Maior mineroduto do mundo começa a funcionar em meio a queixas

Na manhã de 23 de agosto, a lavradora Maria da Consolação da Silva, 63, encontrou dezenas de peixes mortos no córrego atrás de casa. Eram traíras e piabas boiando de barriga para cima no meio de uma água cheia de espuma. 

"Não sei até hoje o que matou os peixes", conta dona Maria. "Só sei que não sobrou nem um lambarizinho nessa água", diz ela, que mora há 20 anos na área e usava o córrego para pescar, lavar roupa e dar água aos animais. 

Segundo o laudo do centro tecnológico Cetec, os peixes morreram de hemorragia por causa da água contaminada com amônia. O governo acredita que soda cáustica tenha sido despejada na água.


A casa de dona Maria da Consolação fica a três quilômetros da barragem de rejeitos da mineradora Anglo American. É lá que são represados resíduos químicos resultantes do beneficiamento do minério de ferro que a Anglo extrai da região. 

A empresa afirma estar investigando o caso e diz que o laudo não é conclusivo. 

A mortandade de peixes é só o mais novo capítulo da história atribulada do maior mineroduto do mundo, o Minas Rio, projeto que o ex-bilionário Eike Batista vendeu à Anglo American em 2008. 

Com cinco anos de atraso e custo US$ 10 bilhões acima do estimado, um dos maiores estouros de orçamento da história da mineração, o mineroduto começou a funcionar no fim de outubro. 

Trata-se de um duto de 529 quilômetros que sai da mina e da planta de beneficiamento de minério, em Conceição do Mato Dentro (MG), passa por 32 cidades e chega ao porto do Açu (RJ), levando minério misturado com água. O primeiro navio, com 80 mil toneladas de minério de ferro, zarpou rumo à China. 

Na esteira do projeto Minas Rio, que inclui mina, mineroduto e porto, problemas se acumulam: casas próximas ao mineroduto tremem e trincam, moradores se queixam da poluição dos rios e eliminação de nascentes, técnicos disseram terem sido achacados para liberar licenças ambientais, muitos contestam a venda de suas propriedades à empresa. 

Para completar, em meio a uma das piores secas que Minas Gerais já viveu, a mina e o mineroduto consomem 2.500 metros cúbicos de água por hora, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 220 mil habitantes. 

"Há uma seca e não temos controles suficientes, essas outorgas para uso da água precisam ser revistas", diz Marcelo Mata Machado, promotor público de Conceição. 

TERREMOTO

O mineroduto passa a cem metros do terreno de Rosemeire Teixeira, 50, na comunidade do Turco. Quando ligam as bombas, tudo na casa vibra. "Parece terremoto: a gente senta na cama e fica tudo tremendo, os pratos batem uns nos outros. Olha esta rachadura aqui", mostra.

No estudo de impacto ambiental (EIA-Rima), a mineradora dizia que "a localização relativa das estações de bombeamento, combinada com o nível de ruído das bombas, não trará incômodos às comunidades". 

Os moradores do Turco não são considerados atingidos pela obra e não têm direito a indenização. 

A Anglo admite que foi detectada vibração no mineroduto, que diz ser "fato incomum", e que "tomará as medidas cabíveis". 

FOLHA

domingo, 9 de novembro de 2014

Boto-cinza deve ganhar área de proteção no Rio

  • Ayrton Vignola/Folhapress
Rio - Para combater o processo de extinção do boto-cinza (Sotalia guianensis) na baía de Sepetiba, na costa fluminense, a prefeitura de Mangaratiba apresentou, em reunião com o Ministério Público Federal (MPF), proposta para criação de Área de Proteção Ambiental (APA) de uso sustentável até janeiro.


A baía tem a maior concentração de boto-cinza do Estado. Hoje, restam 1.000 animais no local; há dez anos havia o dobro.


A APA terá 240 km² de espelho d'água (a baía tem 536 km²) em que todo o ecossistema será protegido e os pescadores artesanais continuarão a exercer suas atividades. Também terá pessoal e material para fiscalização permanente e espaços para pesquisa e defesa do ambiente marinho.


Outros animais ameaçados de extinção, como peixe mero, tartaruga-verde e sardinha-verdadeira, além de espécies que sofrem com a sobrepesca, como o camarão-branco e a corvina, estarão protegidos.


"Faremos estudo técnico para delimitar as áreas (que podem receber empreendimentos), mas não tem mais espaço para empreendimentos na região porque a baía está saturada", disse a secretária do Meio Ambiente de Mangaratiba, Natacha Kede. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a criação de uma APA marinha estadual, proposta em 2008, "está em fase de estudos".


O processo de extinção do boto-cinza tem sido acelerado pela pesca predatória, crescimento urbano e industrial desordenado e falta de fiscalização. A maioria dos golfinhos morre presa em redes de captura de peixes.


Por isso, em 1993 foi instituída a Portaria 107 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que proíbe o uso de redes de cerco em barcos do tipo traineira e o arrasto com parelha e rede de couro na baía.


O MPF em Angra dos Reis abriu um inquérito civil exigindo que o Ibama, o Inea, a Polícia Federal (PF) e a Capitania dos Portos realizem "operações conjuntas" de fiscalização e repressão "para coibir a mortandade ilegal do boto-cinza".


Responsável pela ação, a procuradora Monique Cheker reconhece que os órgãos fiscalizadores enfrentam a falta de recursos humanos e materiais. "A escassez não é justificativa. Quero operações concretas."


Na terça-feira, a reportagem esteve em Itacuruçá, distrito de Mangaratiba, para acompanhar o trabalho do Instituto Boto Cinza e flagrou três traineiras de outros Estados usando redes de cerco. Eles pescavam sardinha-verdadeira (também em extinção) nas áreas de agregação, onde grupos de 40 a 100 botos se reúnem para alimentação.


O único barco fiscalizador visto foi o da Capitania dos Portos, responsável pela segurança marítima, mas em área distante dos barqueiros. Ibama e Inea, que deveriam reprimir a pesca ilegal, e PF, que tem poder de prisão, não informaram como é feita a fiscalização nem a quantidade de servidores e embarcações empregados nas ações.


"A certeza da impunidade paira sobre a baía de Sepetiba. Se houvesse fiscalização, esses pescadores pensariam duas vezes antes de cometer o crime", disse Leonardo Flach, coordenador do Instituto Boto Cinza.


Monique também investigará se houve erro no estudo de impacto feito pelo Ibama na demarcação das áreas de fundeio (onde grandes embarcações aguardam para atracar no porto), criadas em sobreposição às áreas de agregação dos botos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Desmatamento na Amazônia dispara em agosto e setembro

Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou em agosto e setembro. Foram devastados 1.626 km² de florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 2013. 

O governo federal já conhecia esses dados antes do segundo turno da eleição presidencial, realizado no último dia 26. Adiou sua divulgação para não prejudicar a votação da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. 

As análises mensais do sistema de alertas de desmatamento Deter estavam prontas pelo menos desde 14 de outubro no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No dia 24, foram encaminhados pelo diretor do Inpe, Leonel Fernando Perondi, ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. 

A Folha tentava obter esses dados do Inpe desde 20 de outubro. Eles estão sendo divulgados nesta sexta-feira (7), às 14h, em entrevista coletiva na sede do Ibama em Brasília. 

Em agosto, foram desmatados 890,2 km², um salto de 208% sobre os 288,6 km² do mesmo mês de 2013. Em setembro foram 736 km², 66% mais que em setembro do ano passado. Nesse que é o primeiro bimestre do "ano fiscal" do desmatamento amazônico, a taxa de aumento combinada foi de 122%. 

O governo federal sempre ressalva que o sistema Deter não foi criado para calcular áreas de desmatamento acumulado. Sua função é gerar informação de inteligência para orientar a fiscalização, pelo Ibama, de derrubadas ilegais. 

O dado oficial, mais preciso e anualizado, sai de outro sistema, Prodes. Não há data marcada para a divulgação desse relatório anual (neste caso, para o intervalo entre agosto de 2013 e julho de 2014), o que normalmente ocorre em novembro ou dezembro.
No período anterior (2012-2013), a área total de corte raso apurada pelo Prodes havia sido de 5.891 km², com um aumento de 29% sobre 2011-2012. 

De todo modo, o Deter também serve para detectar de modo precoce tendências preocupantes de aumento da destruição. Como agora. 

O próprio Inpe informa na internet que a divulgação de seus relatórios é mensal de maio a outubro, quando há menos nuvens para atrapalhar o registro de imagens por satélites. Neste ano eleitoral, a regra foi quebrada nos dois meses anteriores à votação. 


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Amazônia já está entrando em pane, afirma cientista

Com 20% da floresta desmatada outros 20% degradados, a floresta amazônica já começa a falhar em seu papel de regulação do clima da América do Sul, diz o biogeoquímico Antonio Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
A pedido de ONGs ambientalistas coordenadas pela ARA (Articulação Regional Amazônica), Nobre publicou um relatório revisando 200 estudos sobre o cenário de pesquisa na área, e concluiu que a floresta já dá sinais de desgaste em seu papel de bombear umidade do oceano para o interior da América do Sul, entre outros problemas.
O papel de "bomba d'água biótica" que a floresta exerce, demonstrado por trabalhos anteriores do próprio Nobre, pode estar em risco.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Floresta
A consequência disso, afirma o cientista, é que chuvas dentro do bioma e também num polígono ao sul do continente, a leste dos Andes, podem não chegar com a mesma regularidade.
Para reverter a situação, Nobre diz que a solução é não apenas parar o desmatamento mas também iniciar um amplo processo de reflorestamento, pois a seca que a região Sudeste vive hoje já pode ser resultado da destruição da Amazônia.
Nobre diz ter ficado "assombrado" com a quantidade de evidências recentes que encontrou para esse fenômeno em estudos de revisão publicados em revistas científicas indexadas. Mas preferiu publicar suas conclusões primeiro em um relatório em linguagem voltada ao público em geral.
"Falar disso para os cientistas é meio como pregar o pai-nosso para o vigário", disse Nobre ontem num evento em São Paulo, onde o trabalho foi lançado. A decisão de publicar um estudo em linguagem acessível também se deu por uma vontade de prestar contas de suas pesquisa à sociedade, diz o cientista.
"É uma decisão arriscada da minha parte, mas o 'peer review' [sistema de revisões independentes adotado por revistas científicas técnicas] dificulta muito esse tipo de analise integrativa", afirmou.
O relatório de Nobre, intitulado "O Futuro Climático da Amazônia", cita trabalhos mais atualizados do que aqueles apresentados no último relatório do IPCC (painel do clima da ONU), por exemplo, que não previa problemas tão graves na região.
SAVANIZAÇÃO
O painel foi mais reticente em afirmar, por exemplo, que a Amazônia pode se transformar em uma savana no futuro, impulsionada pelo aquecimento global, conclusão antes tida como mais segura.
"Como nenhum modelo climático atual incorpora os mecanismos e os efeitos previstos pela teoria da bomba biótica de umidade, principalmente nos potenciais efeitos das mudanças na circulação do vento, suas projeções podem ser incertas", escreve Nobre no relatório.
Para o cientista, outro fator também vinha sendo subestimado em alguns modelos matemáticos que tentam reproduzir a interação entre a floresta e o clima: a degradação florestal, os trechos de vegetação que já perderam boa parte de suas árvores e sua biodiversidade, mas que aparecem como floresta intacta em fotos de satélites.
Isso faz com que 40% da floresta esteja prejudicada em diferentes níveis, porcentagem similar à que alguns estudos previam como o ponto de virada no qual a floresta não mais conseguiria se sustentar sozinha, incapaz de garantir a própria umidade.
"A gente já está chegando nesse 'tipping point', e a capacidade de compensação do sistema não está mais aguentando", diz.


LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Nadadores da Praia do Náutico, em Fortaleza, denunciam agressão ao meio ambiente.

Caros nadadores e moradores da Avenida Beiramar

Hoje temos importante reunião agendada com o Sr. Salmito, Secretário de Turismo, onde iremos acompanhados pelo Deputado Heitor Férrer que em defesa da nossa causa argumentará contra a efetivação do ancoradouro construído à revelia da população.

Cuidar do meio ambiente é uma obrigação e também um desafio para todos. Esta é uma preocupação que a cada dia ganha novos contornos e que exige providências sérias e rápidas.

A área escolhida para a construção do tal atracadouro não poderia ser mais inapropriada, posto que, em sendo a área mais
preferida pelos banhistas, é também, a mais qualificada  para a prática de esporte náuticos tais como: natação, stand up, mergulho, pesca, além de afugentar os golfinhos que já se tornaram uma das maiores atrações turísticas da nossa orla.

A construção do referido ancoradouro, além de ferir de morte um point adotado há décadas pelo grupo de nadadores Meninos e Meninas do Mar - MMM, peca também, pela violenta agressão à natureza. 

Estamos vindo a público para denunciar que este ato agressivo está vindo de quem deveria proteger este patrimônio natural ou seja, o Poder Público, no caso a Prefeitura de Fortaleza, ao tempo em que pedimos a intervenção  dos órgãos e políticos ligados ao meio ambiente, inclusive do Governador Estado do Ceará para barrar esta medida arbitrária.

Vejamos o que reza os artigos abaixo que regulam da a Lei de Crimes Ambientais: 

“Poluição e outros crimes ambientais (art. 54 a 61): Todas as atividades humanas produzem poluentes (lixo, resíduos, e afins), no entanto, apenas será considerado crime ambiental passível de penalização a poluição acima dos limites estabelecidos por lei. Além desta, também é criminosa a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora. Assim como, aquela que torne locais impróprios para uso ou ocupação humana, a poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

São considerados crimes ambientais a pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida e a não-recuperação da área explorada; a produção, processamento, embalagem, importação, exportação, comercialização, fornecimento, transporte, armazenamento, guarda, abandono ou uso de substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas a saúde humana ou em desacordo com as leis; a operação de empreendimentos de potencial poluidor sem licença ambiental ou em desacordo com esta; também se encaixam nesta categoria de crime ambiental a disseminação de doenças, pragas ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora e aos ecossistemas.

Contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural (art. 62 a 65): Ambiente é um conceito amplo, que não se limita aos elementos naturais (solo, ar, água, flora, fauna). Na verdade, o meio ambiente é a interação destes, com elementos artificiais -- aqueles formados pelo espaço urbano construído e alterado pelo homem -- e culturais que, juntos, propiciam um desenvolvimento equilibrado da vida. Desta forma, a violação da ordem urbana e/ou da cultura também configura um crime ambiental.”
 


Meninos e meninas do Mar - MMM

Matéria de Leopoldina Corrêa
leopoldinaconta@gmail.com
 
 

domingo, 28 de setembro de 2014

Sem alterar regras, crise de hidrelétricas deve se agravar

As hidrelétricas de Jirau e Belo Monte podem amargar a crise enfrentada pela usina de Santo Antônio se o governo não alterar as regras de funcionamento de turbina

Pelas normas vigentes, há uma meta de disponibilidade que as máquinas devem cumprir.

Trata-se do tempo, em um mês, em que elas devem ficar prontas para serem usadas, dependendo apenas de um comando do Operador Nacional do Sistema Elétrico.


A meta existe para fixar um padrão de funcionamento, com margem pequena para falhas eventuais ou reparos. 

No caso de Jirau e Santo Antônio, que estão sendo construídas no Rio Madeira (RO), a disponibilidade das turbinas deve ser de 99,5%. 

O problema, segundo as empresas, é que usinas como Jirau, Santo Antônio e Belo Monte –que não possuem grandes reservatórios e usam as quedas naturais dos rios para gerar energia– só conseguirão atingir essas taxas quando todas as suas turbinas estiverem operando. 

Na montagem das usinas, as turbinas são instaladas uma a uma e começam a operar a cada dois ou três meses. O governo, porém, cobra a meta a partir do funcionamento da primeira turbina, anos antes do fim do projeto.

Em Belo Monte, que está sendo construída no rio Xingu, as máquinas terão de ficar 100% disponíveis na casa de força principal e 94,46% na de menor potência, diz a Norte Energia, responsável pela usina. A empresa diz que cumprirá a meta, mas que "se adequará às regras de mercado" em casos de atrasos ou paradas não planejadas. 

A punição às usinas que não cumprem as metas é aplicada sobre o tempo em que as turbinas ficarem indisponíveis, e o valor segue o preço da energia no mercado. 

Por causa do uso maciço de usinas térmicas neste ano, esse preço paira próximo ao teto (R$ 823 o MWh), o que torna a conta bilionária –a empresa responsável pela usina de Santo Antônio, por exemplo, diz que vai perder cerca de R$ 2,3 bilhões. 

"Ainda não estamos enfrentando problema, mas vai ocorrer conosco", disse Victor Paranhos, presidente da empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável por Jirau. "Na fase de motorização [instalação das turbinas], é impossível cumprir a meta." 

A empresa aguarda a análise do caso de Santo Antônio pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para decidir o que fazer. 

Os administradores de Jirau dizem que o problema ainda é pequeno, pois há apenas 13 turbinas funcionando comercialmente, de 50. A usina atinge quase toda a meta. 

Santo Antônio tem 32, de 50, com 91% de disponibilidade. "Atingir essa meta é ficção", disse o presidente da Santo Antônio Energia, Eduardo de Melo Pinto. 

"Os gastos que temos vêm tornando o projeto desinteressante para o acionista, que já está no limite da exaustão."

Em Belo Monte, onde as turbinas ainda estão sendo instaladas, as regras já poderão ter sido alteradas quando a operação começar. Se isso não ocorrer, especialistas preveem os mesmos problemas de Santo Antônio e Jirau. 

Procurada, a Empresa de Pesquisa Energética informou que esse tema é de responsabilidade da Aneel. A agência não respondeu o pedido da reportagem.

Heitor Férrer atende convite dos MMM na Barraca Bocca Bona



Em clima de muita descontração, os MMM - Meninos e Meninas do Mar, receberam a ilustre visita do Deputado Heitor Férrer que se propôs a intervir junto aos órgãos competentes para embargar a tentativa da Prefeitura de Fortaleza em transformar o espigão da Praia do Náutico em ancoradouro para barcos de turismo.

Ao descobrirmos que os dois quiosques que estão sendo construídos naquele píer destinavam-se à bilheteria para a venda de ingressos, começamos a nos movimentar no sentido de impedir que tal desastre ecológico venha se concretizar.

Imediatamente Geraldo, Euler e Leopoldina articularam-se em reuniões com os demais MMMs para tratarem do assunto em tela.  Geraldo já dirigiu-se à Capitania dos Portos com Abaixo-Assinado. A presença do nosso amigo/advogado Téssio ficará em stand-by para o caso de irmos à justiça. A Rose fez contato com o Deputado Heitor Férrer que prontamente nós atendeu até indo ao nosso encontro na Barraca Bocca Bona. Os argumentos   em prol dessa nossa causa ficaram por conta de Clóvis e  Assis que muito bem se articularam junto ao nobre deputado.

A escolha do Deputado Heitor Férrer é providencial, além de ser o deputado mais bem votado de Fortaleza,  é médico.  Portanto, ninguém melhor que ele para fundamentar sobre os benefícios desta atividade tão gratificante a nossa saúde e na defesa do meio ambiente, como a natação no mar.

Além de nós, os nadadores, outras categorias também seriam afetadas, tais como: os banhistas, os mergulhadores, os pescadores e os esportistas náuticos.

Sem falar nos dejetos, nos óleo dos barcos, nos restos de alimentos, enfim, em todos os detritos que seriam despejados no mar caso este lamentável infortúnio se realize.

Há poucos dias divulguei uma matéria sobre este mesmo assunto, porém com um revés diferente, Um caso de descaso com a Praia do Náutico em Fortaleza”, isto porque ainda não sabíamos o que nos aguardava.

É imperioso lembrar que não seremos só de nós, os nadadores, os mais  prejudicados, os moradores da avenida beira mar, que ao descerem para a praia a fim de um delicioso banho de mar, iriam encontrar uma praia completamente poluída. Se não nós mobilizarmos agora, jamais mais teremos nosso mar de volta.

Antecipadamente aqui fica os nossos sinceros agradecimentos ao Deputado Heitor Férrer por ter abraçado nossa causa.

Leopoldina Corrêa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Grupo recolhe lixo do mar na Praia de Iracema

Atividade mobilizou instituições para alertar a população sobre a importância de manter a área limpa

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Cerca de 30 mergulhadores voluntários retiraram material submerso na água e alertaram sobre os perigos do lixo à vida marinha e à humana FOTO: KID JÚNIOR 
 
Instituições públicas, privadas e entidades não governamentais uniram-se, ontem, no aterro da Praia de Iracema, durante ação do Dia Nacional de Limpeza de Praias, Rios, Lagos e Lagoas, que em Fortaleza é realizado anualmente no mês de setembro. A iniciativa visa à conscientização da população sobre a importância de manter a praia limpa. Diferentemente das campanhas de limpeza tradicionais, em que são recolhidos dejetos deixados na orla pela população, desta vez o foco foi a retirada do lixo depositado no mar, que vem gerando forte impacto na vida dos seres que ali habitam.

Cerca de 30 mergulhadores, integrantes do projeto Mar do Ceará, colheram materiais submersos na região próxima ao espigão da Rua João Cordeiro. Segundo Lídia Torquato, engenheira de pesca e proprietária do grupo, há quatro anos a instituição vem fazendo atividades semelhantes. "O lixo do mar, por não ser visível, acaba dando a impressão de que não existe. Daí a nossa preocupação em trazer esse lixo para fora, alertar sobre a mortandade de animais marinhos que ele está causando e conscientizar as pessoas para que deem destino correto aos dejetos", ressalta Lídia.

A engenheira de pesca destaca, também, o risco que o lixo no mar causa aos mergulhadores, que ocasionalmente ficam presos em redes de pesca abandonadas, por exemplo. "Já aconteceu de um colega nosso ir soltar um tubarão e ficar enroscado junto com ele na rede". Para evitar situações perigosas, em casos como este, Lídia explica que é regra de segurança não mergulhar sozinho, além de levar facas.

Contaminação
Os animais contaminam-se com o lixo, muitas vezes, ao confundi-lo com alimento. "Tartarugas não sabem distinguir uma coisa da outra e acabam consumindo plástico pensando que é água viva", diz Edilene Oliveira, gerente da célula de educação ambiental da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (Seuma).

De acordo com ela, o material, quando não causa a morte, fica impregnado no animal, que deixa de ser saudável, ficando impróprio ao consumo humano.
Para Juaci Araújo, coordenador do Projeto Aquasis, é preciso mudar a cultura da sociedade. "A gente depende do mar como fonte de alimento e de oxigênio, e estamos destruindo esse ambiente silenciosamente. Na rua, existem garis, mas no mar, não".

No trabalho de ontem, foram envolvidas a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Seuma, a Secretaria de Estadual do Meio Ambiente (Semace), a Ecofor Ambiental e as Organizações Não Governamentais (ONGs) Aquasis e Mar do Ceará.

No próximo sábado (20), a Prefeitura realizará ação de limpeza e conscientização na orla e nas principais lagoas de Fortaleza, com dez equipes espalhadas pela cidade.

Fonte: Diário do Nordeste

domingo, 14 de setembro de 2014

Um caso de descaso com a Praia do Náutico em Fortaleza

O cuidado com o meio ambiente é parte do desenvolvimento de um país,  portanto, é obrigação de todos nós cuidarmos do nosso próprio ambiente.

Um belíssimo exemplo desse cuidado é a dedicação do Grupo MMM - Meninos e Meninas do Mar, em Fortaleza, capitaneados por Euler Pontes e Evelyn Omena,  que adotaram a Praia do Náutico
e abraçaram essa responsabilidade tornando aquela praia a única com cuidados de limpeza ambiental em toda a orla da beiramar.

Os MMMs, como são conhecidos e gostam de ser chamados, é um grupo de nadadores, do qual faço parte, que tomou para si a Praia do Náutico como a sua “Menina dos Olhos” e a ela dedicam um olhar especial.


Todas as segundas-feiras, a partir das 4:30 às 7:30 h da manhã, Euler e Evelyn acompanhados de outros voluntários do grupo cumprem seu papel de cidadania.

No nosso dia a dia, devemos encontrar espaço para pequenos gestos, a fim de contribuir para um mundo melhor e um meio ambiente mais saudável para nossos filhos e netos.

No entanto, depois de todo este zelo e muito carinho com a limpeza da nossa praia, é decepcionante, e até repulsivo, a consequência do "brinde"
, após um fim-de-semana, à Praia do Meireles, por trás da Feirinha do Náutico.  

O despejo de esgoto a céu aberto naquela praia deixam os rastros nocivos dos seres humanos que outros seres humanos, em vão, tentaram amenizar.

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, o que dizer da foto de capa de Tavares Jr. ?

É simplesmente: desolador!

Não bastasse esse descaso, há pouco dias, assim sem querer querendo, apareceu apoitado ao lado do espigão da mesma praia  um barco de nome Maria Bonita, cujo registro na Capitania dos Portos está sob o número 1610068050, concorrendo com o espaço dos banhistas e nadadores que frequentam aquele local.




Conclamamos as autoridades competentes que demandem políticas públicas que visem a proteção do nosso espaço, já tão bem demarcado, com nossos cuidados especiais, posto que, não vamos permitir quaisquer abusos que interfiram no bem-estar daquele nosso ambiente.

Informamos que já protocolamos junto a Capitania dos Portos uma denúncia sobre a invasão indevida, conforme registro abaixo:

Denúncia do Grupo MMM à Capitania dos Portos


Leopoldina Corrêa